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Nesta audição, Emmanuele Baldini dedica-se ao Quarteto “Rosamunde” de Franz Schubert, escrito em 1824, no mesmo período em que surgiu “A Morte e a Donzela”. Baldini lembra que, poucos anos antes, o compositor havia desistido de um quarteto por se sentir incapaz de escrever algo à altura, deixando apenas o célebre Quartettsatz. “Uma pena que Schubert não tenha completado esse que seria certamente um lindo quarteto”, comenta.
Baldini conduz a escuta dos movimentos da obra, ressaltando sua atmosfera de doçura e esperança. “A música de Schubert chega lá do profundo céu para nos fazer acreditar com mais convicção que um mundo melhor existe”, cita, evocando Adorno para descrever o universo poético do compositor.
Comparando diferentes interpretações, comenta as sutilezas do uso de instrumentos originais, o caráter leve e fantasioso do Menuetto e a energia do movimento final. Para Baldini, a versão do Quarteto Alban Berg se destaca como uma das mais inspiradas, revelando o equilíbrio entre delicadeza e intensidade que faz de Rosamunde uma das joias do repertório camerístico.
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