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Depois de um longo período com a saúde debilitada e sofrendo de depressão, sem compor praticamente nada em 25 anos, Gioachino Rossini e sua esposa se estabelecem novamente em Paris. Em 1855, aos 63 anos de idade, o compositor volta a escrever música – e muito! Grande parte dessas composições foi escrita para ser apresentada nos encontros semanais que os Rossini promoviam em sua casa. Foram cerca de 150 peças, a maioria delas para piano, que ficaram conhecidas como “Pecados da Velhice”.
“Todo mundo que aprecia música clássica certamente já ouviu falar dos Prelúdios para piano, de Chopin. Mas quem é que ouviu falar dos Prelúdios, de Rossini? Pouca gente, tenho certeza”, diz João Maurício Galindo. “Confesso que eu também fazia parte do grupo de pessoas que não dava qualquer atenção aos Pecados da Velhice. Contudo, de algum tempo para cá, passei a ouvir com atenção – e mudei completamente de opinião! Tornei-me fã! Não dá para negar que se trata de música de grande qualidade. É uma música de extrema elegância e que não aderiu aos exageros românticos daquele tempo”, diz.
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