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Nesta semana (terça-feira, dia 10 de dezembro), o colunista Chico Carvalho comentou no programa “Estação Cultura” sobre Jorge Luis Borges e seu estilo único de concisão narrativa. “O Aleph” talvez seja a obra mais bem-acabada do escritor argentino.
A sinfonia do mundo em sua variedade de movimentos circunscrita a um único compasso de partitura musical. A soma de todas as páginas de todos os livros já escritos resulta em um único parágrafo, talvez uma única frase, quiçá uma única palavra. O universo para Jorge Luis Borges é uma eterna dobradura onde as grandezas infinitas cabem em unidades tangíveis. Aleph é o ponto do espaço que concentra toda a realidade do universo – todo o passado, presente e futuro. A cada linha que escreve Borges torna o assombro uma matéria concreta, o que embaralha ainda mais a imaginação do leitor. E talvez esteja aí o grande trunfo deste excepcional autor latino-americano: ele nos convida a mergulhar em um labirinto de incontáveis bifurcações, como se todos estivéssemos perdidos em uma gigantesca biblioteca onde cada livro sugerisse um caminho diferente até a saída.
“O Aleph” é um livro de Jorge Luis Borges publicado pela Cia das Letras, com tradução de Davi Arriguicci Jr. O quadro encerra com “Milonga Noturna”, composição de Daniel Binelli a partir de Astor Piazzolla, na voz do cantor Jairo.
O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3, de segunda a sexta-feira, às 10h. O programa é transmitido também no aplicativo Cultura Play.
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