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Na coluna desta quarta-feira (29), Atílio Bari comenta a repercussão das políticas anti-imigração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mais de 4 mil imigrantes foram presos desde o início da gestão, e a meta estabelecida é que pelo menos 1.200 sejam presos diariamente.
O colunista chama atenção para as origens estrangeiras do político e de outros magnatas que expressaram apoio verbal e financeiro às punições impostas, além de relembrar quem são os verdadeiros herdeiros do solo americano: “Só não eram imigrantes os apaches, os comanches e os cheyennes, povos originários daquele território. Mas eles nem contam mais, foram extintos ou reduzidos, e confinados em umas poucas reservas, assim como aconteceu entre nós com os guaranis, os charruas e os tupinambás. Para eles, os imigrantes foram realmente muito perigosos”.
Atílio também menciona a desigualdade social, elemento que difere os foras da lei e os cidadãos legais. Ele cita a chamada “cidadania por investimento”, que cede condição de cidadão por meio de uma contribuição para a economia do país: “Daí chega-se à conclusão óbvia de que imigrante ilegal é, de um modo geral, o pobre. O coitado que deixa para trás a miséria de Cuba, as perseguições de Maduro, as matanças dos cartéis colombianos e mexicanos, a violência urbana e a falta de perspectivas do Brasil, e por aí vai. Cidadania é bem mais fácil pra rico”.
Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.
O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.
*Estagiária sob supervisão da Redação.
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