Fundação Padre Anchieta

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Divulgação Anacleto de Medeiros

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No período em que se formavam as bases do que hoje conhecemos como música popular brasileira, lá no século XIX, ele foi um dos protagonistas da história, organizando e regendo bandas, frequentando reuniões de choro e compondo músicas que são verdadeiros retratos de sua época. Considerado também um dos pioneiros do choro, ao lado de Pixinguinha, Anacleto de Medeiros foi um “semeador de bandas” no Rio de Janeiro no início do século XX.

Compositor de temas que resistiram ao tempo, entre eles “Os Boêmios”, “Farrula” e “Rasga o coração” (com versos de Catulo da Paixão Cearense), Anacleto foi líder musical em seu tempo, compondo, regendo e estando à frente da Banda do Corpo de Bombeiros do Rio de Janeiro nas primeiras gravações realizadas no Brasil na primeira década do século passado.

A sua importância pode ser medida pelas homenagens que recebeu de artistas de gerações diferentes. Sua contemporânea, Chiquinha Gonzaga, dedicou “Ceci” ao compositor. Radamés Gnattali dedica a ele o terceiro movimento da “Suíte Retratos”. O maestro Rogério Duprat gravou um disco nos anos 80 só com suas obras. O quarteto JP Sax registrou “Santinha”. Em 1999 o grupo Art Metal Quinteto lançou o CD “Anacleto, sempre Anacleto”.

Anacleto Augusto de Medeiros nasceu no Rio de Janeiro 13 de julho de 1866. Faleceu aos 41 anos de idade, em 14 de agosto de 1907. Para o pesquisador Alexandre Gonçalves Pinto, “a obra de Anacleto de Medeiros revela a diversidade de experiências culturais e musicais pelas quais passa o Rio de Janeiro, capital do Brasil, entre o fim do século XIX e início do XX. Nesse espaço urbano em crescimento, em que convivem elementos modernizadores e tradições escravistas, a cultura cria e ensaia novas experiências musicais. Gêneros europeus como polca, schottisch, mazurca e valsa, executados ao piano nos salões, convivem com os ritmos afro-americanos dos batuques e lundus, e também com as modinhas brasileiras. Apresentadas de maneira inovadora, a prática musical de Anacleto de Medeiros e suas composições são ao mesmo tempo formas de intercâmbio entre as culturas populares e a erudita, mas desempenham também papel importante no diálogo entre as culturas populares”


Estúdio F – momentos musicais da Funarte
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Anacleto de Medeiros
Quarta-feira, 25 de agosto de 2021, às 17 horas.
Apresentação: Pedro Paulo Malta
Estágio em Produção: Júlia Abe