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Nesta segunda edição da mesa redonda promovida pela Cultura FM, especialistas na interpretação e no pensamento musical se encontraram para discutir a função da música em 2024. São eles, Yara Caznok, professora de teoria e análise, educadora musical; Ligiana Costa, musicóloga, cantora, dramaturgista; Emmanuele Baldini, violinista e regente, colaborador da Cultura FM e Fernando Cespedes, professor e pesquisador, autor do projeto Ser Sonoro.
“A música não tem uma função diferente do que sempre teve: criar identidade, criar comunidade. Desde o começo até hoje, a função da música é nos aproximar, fazer o que estamos fazendo aqui nessa roda”, diz Cespedes, ao abrir o programa. “A música tem a capacidade de união e de revolução. Faço música, penso e estudo música, tanto pelo lado apolíneo, espiritual, quanto pelo lado, dionisíaco, de revolucionar”, completa Ligiana.
“A leitura musical deveria ser acessível e desenvolvida para todas as pessoas. É como a alfabetização, em que você trabalha o seu pensamento, sua memória, sua percepção”, declarou Yara Caznok. Na roda, foram tratados de assuntos como escrita musical e tradição oral, ensino da música e formação de público em tempos de mídias sociais.
Outro tema importante foi o lugar de fala na música clássica – “Não tenho nenhuma vergonha de ter nascido na Itália e de ter tido no meu berço a grande música clássica ocidental. Estudei para isso. O que não significa que eu não tenha interesse em abrir portas, dialogar, conhecer outras culturas”, declarou Baldini.
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