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O pianista norte-americano Fred Hersch, hoje com 66 anos, foi um dos primeiros a enfrentar a aids, vencê-la e fazer de sua doença uma bandeira pública contra o preconceito. Teve sólida formação clássica. Lançou um dos álbuns mais interessantes de piano solo destes anos pandêmicos, “Songs from home” e lançou no início de janeiro passado o álbum “Breath by Breath seguramente um dos mais originais discos de 2022.
Seu trio de jazz – onde toca ao lado do contrabaixista Drew Gress e do baterista Jochen Ruckert, contracena de modo refinadíssimo com o Crosby String Quartet. Em entrevista à revista “Downbeat” de fevereiro, Hersch diz que não queria as cordas apenas fazendo o colchão harmônico para seus improvisos, como em geral estas gravações são feitas. Improvisou a partir do que ouvia, no estúdio, das cordas.
Seus arranjos evitam, portanto, a grandiloquência das cordas quando aplicadas ao jazz e às músicas populares em geral. O resultado é espetacular – e íntimo, tão íntimo como uma excelente música camerística. Não estamos diante de um trio piano-contrabaixo-bateria de um lado e de outro um quarteto de cordas. Temos música para um septeto.

Apresentação: João Marcos Coelho

Produção: Sonia Maria de Lutiis

Estagio em produção: João Pedro Pecin