O Gabinete de Segurança de Israel aprovou nesta terça-feira (26) um acordo de cessar-fogo de 60 dias com o Hezbollah, no Líbano, conforme informou a BBC. O acordo entrará em vigor a partir das 4h da manhã (horário local) de quarta-feira (27), ou às 23h desta terça-feira (horário de Brasília).
A proposta, elaborada pelos Estados Unidos e pela França, prevê que Israel retire suas tropas da fronteira sul com o Líbano e suspenda os ataques por dois meses. Por sua vez, o exército libanês deverá recuar para o norte do Rio Litani, abandonando a área da fronteira ao sul, próxima a Israel.
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“A duração do cessar-fogo dependerá do que acontecer no Líbano, e manteremos total liberdade de movimento”, declarou Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, após uma reunião do gabinete de segurança nesta terça-feira.
Netanyahu também ressaltou que o acordo será rompido caso o Hezbollah realize novos ataques contra Israel ou tente reconstruir sua infraestrutura militar.
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Além disso, o acordo inclui a retomada de negociações sobre a demarcação da fronteira entre os dois países, atualmente regulada por um limite estabelecido pela ONU após a guerra de 2006.
O cessar-fogo não se aplicará aos palestinos na Faixa de Gaza. O exército israelense vem realizando ataques à região desde 7 de outubro de 2023. Até o momento, mais de 44 mil palestinos perderam a vida, enquanto o número de vítimas fatais do lado israelense ultrapassa 1.200.
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Após o anúncio, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, utilizou suas redes sociais para destacar o sucesso do acordo e sua importância para o fim do conflito.
"Falei com os primeiros-ministros do Líbano e de Israel. E tenho o prazer de anunciar:
Eles aceitaram a proposta dos Estados Unidos de acabar com o conflito devastador entre Israel e o Hezbollah".
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