Três solistas importantes celebram a Natureza na era romântica (Presto Music)

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Juliette Hurel, 63 anos, flauta solo da Filarmônica de Roterdã, e a pianista Hélène Couvert, de 52, ambas francesas, mantêm um reputado duo há trinta anos. E, para comemorar, lançaram no finalzinho de julho passado um belo álbum, intitulado “Natureza Romântica” pelo selo Alpha.

A ideia é celebrar a natureza no ideário romântico alemão do século 19. O repertório atravessa todo o século, com obras de Franz Schubert, nascido em 1797 e morto em 1828 até Carl Reinecke, nascido em 1824 e morto já no século 20, em 1910.

Juliette e Hélène consideram o álbum “uma ode à natureza romântica”.

A única obra do álbum em que o duo toca com uma convidada - a excelente violoncelista Emmanuelle Bertrand – é o trio para piano, flauta e violoncelo em sol menor, opus 63, de Carl Maria von Weber, um contemporâneo de Schubert, que nasceu em 1786 e morreu em 1826.

Weber é celebrado como o criador da ópera alemã com “Freischutz”, ou o franco-atirador. Pouca atenção se dá a sua obra camerística. Pena, porque este trio, por exemplo, é de excelente fatura.

Weber inspirou-se em 1823 no poema de Goethe “O Lamento do pastor” – o mesmo poema já havia inspirado, nove anos antes, em 1814, um lied a Schubert.

Apresentação: João Marcos Coelho
Produção: Sonia Maria de Lutiis
Estagio em Produção: Cleison Silva