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No programa desta semana vamos conhecer a primeira gravação mundial de uma obra camerística composta em 1897 e estreada naquele ano em concerto. Desde então, permaneceu entre os pertences do compositor Charles Martin Loeffler, que nasceu na região francesa da Alsácia-Lorena, em 1861, mas foi criado numa região que hoje integra o território da Ucrânia.
Após 20 anos emigrou para os Estados Unidos (1861-1935), e em 1897, estreou seu octeto para dois clarinetes, harpa, contrabaixo e quarteto de cordas, a obra foi publicamente executada naquele ano. Violinista de formação, assumiu como concertino em 1882, na então recém-fundada Orquestra Sinfônica de Boston. Concertino é o assistente do spalla.
A partir de 1903 Loeffler dedicou-se apenas à composição, seu forte vínculo com a orquestra de Boston tornou natural que suas obras sinfônicas fossem estreadas, entre elas, “Um Poema Pagão”, para piano e orquestra, de 1906, o “Concerto Fantástico para violoncelo e orquestra” e o poema sinfônico “Memórias da minha infância”, de 1924, que levou o subtítulo de “vida numa aldeia russa”.
O clarinetista Graeme Steele Johnson encontrou a partitura na Biblioteca do Congresso e passou um ano montando uma partitura de trabalho a partir do manuscrito. Inédito desde duas apresentações em 1897, o Octeto de Charles Martin Loeffler é gravado pela primeira vez 137 anos depois de estreado, a obra transita nos virtuosos universos tipicamente brahmsianos e flerta com harmonias debussystas.
O Que Há de Novo
Quarta-feira às 11h da noite e sábado às 06h da tarde.
Apresentação: João Marcos Coelho
Produção: Sonia Maria de Lutiis
Estágio em produção: Thomas Aguiar
Montagem e sonoplastia: Roberto Rocha
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