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Ele cresceu escutando 6 horas de piano todos os dias. Saraus familiares reuniam cantores e instrumentistas. A grande pianista Magda Tagliaferro dava aulas em sua casa.
“Obviamente, comecei a querer ser instrumentista por causa do Jimi Hendrix. Vi Hendrix uma vez e entrei numas”, lembra Skowa. Adolescente, sabia cantar todas as músicas de cor até encontrar o amigo americano, John, que sabia tocar todas as peças e o incentivou a ser músico. “Eu e ele juntos, fazíamos o cover do Hendrix”. Montaram banda e começaram a tocar. Do rock, Skowa abraçou o jazz, trocou pelo choro. Tocou com o “Premê” em seus primeiros anos, com o grupo “Choro Roxo”, em Paris. De volta ao Brasil, acompanhou Itamar, a “Gang 90” e montou as bandas “Sossega Leão” e “Skowa e A Máfia”. Desde 2003, Skowa foi o frontman do “Trio Mocotó”.
“Eu era um cara que tinha uma comunicação extremamente abrangente, mas minha música era restrita. Isso me incomodava. Mas ao mesmo tempo eu falava: ‘não posso deixar de lado minha formação’. Porque realmente eu tenho uma formação de elite, mas como é que faz para que essa formação esteja sem contradição com o que eu sou, com o que eu penso? Porque eu não sou elitista. Aí fui atrás do choro. (...) Larguei de tocar baixo e fui tocar percussão”.
Skowa (1955 – 2024), morreu no último dia 13 de junho. Aqui, acompanhe um programa gravado e transmitido originalmente em 2015.
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