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Reprodução/Instagram @inciclo @floravnegri
Reprodução/Instagram @inciclo @floravnegri

O que é disco mesntrual?

Com a mesma funcionalidade e qualidade do coletor menstrual, o disco possibilita que a mulher tenha relação sexual com penetração, mesmo durante o período menstrual, sem ter contato com o sangue.

Em entrevista ao site da TV CulturaMariana Betioli, obstetra e fundadora da Inciclo, falou sobre a criação da empresa e características do produto.

Veja imagens: Webstory: Disco menstrual: O que é?

Feito 100% de silicone hipoalérgico, macio, transparente e sem adição de nenhum tipo de corante, é reutilizável por até 3 anos. Com design anatômico, o disco se adapta a todas as pessoas independentemente da idade, intensidade do fluxo ou se já teve filhos. Diferente dos coletores, não precisa formar um vácuo, já que se encaixa em volta do colo do útero.

Segundo Mariana, a ideia de criar o “Lovin” surgiu com o intuito de possibilitar à mulher uma relação sexual com penetração durante a menstruação, algo que o coletor não possibilita. “Com o coletor a gente pode fazer quase tudo, pode ir a praia, fazer ginástica, dormir sem calcinha, usar roupa branca, só não pode ter relação sexual com penetração. A minha ideia era conseguir fazer alguma coisa que resolvesse esse problema, mostrar que temos soluções para a mulher fazer tudo que ela quiser quando quiser”, contou.

“Tem gente que o usa durante a menstruação, inclusive, para ter relação sexual, já que é algo mais espontâneo, que possibilita que a pessoa não precise pensar o que tem ou não tem. Já outras usam o coletor na menstruação e caso necessário o Lovin”, explicou.

A empresa fundada em 2010 é pioneira no mercado brasileiro na venda e fabricação de coletores menstruais, dedicada às questões de higiene e saúde íntima. Mariana revelou que sempre sentiu um incômodo ligado aos absorventes, mas tudo começou em uma viagem internacional que realizou quando conheceu e experimentou os coletores pela primeira vez.

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“Eu como mulher sempre me incomodei com o absorvente, além disso ele gera infecção, irrita a pele, faz com que a gente odeie menstruar e deixe de fazer várias coisas do dia a dia. Quando usei o disco, achei fantástico e a partir daí comecei a fazer o desenho, como seria o produto e a empresa. Isso foi em 2007, mas só em 2010 coloquei a empresa para funcionar”, disse Mariana.

Como colocar?

O primeiro passo é descobrir onde fica o colo do útero. Em seguida, dobre o disco e comece a introduzi-lo pelo maior lado, empurrando para trás e horizontalmente. Depois, pegue a parte mais pontuda e encaixe atrás do “osso púbico”. Faça o processo sentada no vaso sanitário.

Como conferir?

Para conferir, levante-se e empurre mais um pouco a ponta do disco menstrual. Depois, passe o dedo em torno do colo do útero para garantir que ele está totalmente coberto.

Como tirar?

Para retirá-lo, sente no vaso sanitário e o localize com os dedos e encaixe-os na borda para puxá-lo.

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Anel vaginal e DIU

De acordo com Mariana, usar o DIU junto com o disco não apresenta nenhum problema, assim como o coletor menstrual, já que ele fica dentro do útero e apenas os fios ficam para fora, o que não interfere no uso. No caso do anel vaginal, só pode ser utilizado com o coletor por ficar localizado no mesmo local do disco.

Higienização

Pode ser usado durante 12 horas seguidas, depois é só tirar, higienizar com água e sabonete neutro e enxaguar. Ao acabar a menstruação, a mulher deve colocar na cápsula higienizadora e deixar no micro-ondas para realizar uma limpeza mais profunda, que esteriliza o produto. Depois, é só secar e guardar para utilizar no mês seguinte.

Projeto social

Em união com a marca de roupas Cantão e o Grupo Mulheres do Brasil, a Inciclo realiza uma ação em combate a pobreza menstrual com a doação de absorventes reutilizáveis. A iniciativa busca ajudar o projeto “Absorvendo Amor”, focado em atender grupos em situação de vulnerabilidade social.

No cenário nacional, cerca de 713 mil meninas vivem em casas sem banheiros e mais de quatro milhões não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais nas escolas, segundo o relatório "Pobreza Menstrual no Brasil: desigualdade e violações de direitos", lançado pelo Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) neste ano.

Além disso, uma estudante a cada quatro faltam à escola quando menstruam, seja pela falta de acesso ao básico, por medo, vergonha ou combinação desses fatores. “Direitos básicos como acesso a produtos menstruais, água encanada e um banheiro com privacidade são considerados itens de luxo em muitos países, inclusive aqui no Brasil”, explica Mariana.

Segundo as empresas participantes, a cada compra de qualquer peça da Cantão, um kit de absorventes reutilizáveis da Inciclo é doado para o projeto.