Wesley Diego – Da Cenarium

SÃO PAULO (SP) – A criação de um consórcio entre os Estados para ações em defesa do meio ambiente foi bem aceita na segunda-feira, 23, no Fórum dos Governadores. A ideia foi do líder do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), e visa a articulação internacional e gerenciar ações internas na área ambiental.

“O consórcio Brasil Verde vai buscar recursos para financiar bons projetos para redução das emissões e também na busca de projetos que incentivem a geração de energia renovável. O tema das mudanças climáticas é importante para o Brasil. Os Estados querem ajudar o País a alcançar suas metas”, declarou o governador capixaba.

Em julho, Casagrande foi um dos articuladores de uma reunião virtual com o enviado especial dos Estados Unidos para o clima, John Kerry. Participaram do encontro governadores de todas as regiões do País. Cada um apresentou projetos regionais na área de sustentabilidade.

Green Brazil

O governador João Doria (PSDB) fez a sugestão de nome para consórcio e justificou. “Quando eu sugeri o Brasil Verde ou Green Brazil foi exatamente para termos uma marca forte que diferencie os governadores da política ambiental do País, que é um desastre. Não precisamos nem discorrer sobre isso. E cria um brand, cria uma marca forte para os entendimentos com as instituições internacionais que verão nisso um gesto muito positivo dos governadores na defesa do pacto federativo e na defesa ambiental”, avaliou Doria.Doria justifica a escolha do nome para o consórcio durante o Fórum Nacional de Governadores (Divulgação/Assessoria)

Estados x União

A gerência de assuntos do meio ambiente pelo Governo Bolsonaro foi criticada no Fórum. Para os governadores, a política ambiental do presidente deixa a desejar e faz o Brasil entrar em descrédito com a comunidade internacional. A intenção do novo consórcio é contrapor a gestão do governo federal no setor:

“O Brasil tem um potencial muito grande e nós temos uma capacidade grande de fazer uma articulação para captar recursos para os nossos projetos. Queremos fazer uma imagem diferenciada. Hoje a imagem do Brasil é muito ruim”, argumentou Casagrande.