Agência Cenarium

Com densa nuvem de fumaça, Manaus volta a ter ‘péssima’ qualidade do ar

Manaus amanheceu mais uma vez coberta por uma densa nuvem de fumaça nesta quinta-feira, 19, com a qualidade do ar classificada como “péssima”, especialmente na Zona Sul da cidade, e “muito ruim” nas demais áreas, conforme dados do Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva).


19/09/2024 11h45

Letícia Misna - DA AGÊNCIA CENARIUM

MANAUS (AM) - Manaus amanheceu mais uma vez coberta por uma densa nuvem de fumaça nesta quinta-feira, 19, com a qualidade do ar classificada como “péssima”, especialmente na Zona Sul da cidade, e “muito ruim” nas demais áreas, conforme dados do Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (Selva).

Segundo o relatório, atualizado a cada 24 horas, o bairro com o pior índice é o Morro da Liberdade, com 157.6 µg/m³, seguido por Colônia Oliveira Machado e Vila Buriti, com 151.6 µg/m³, e Aparecida, com 140.9 µg/m³. Os bairros são os mais próximos à Região Metropolitana da capital amazonense, onde tem sido maior o número de queimadas.

Esses números são indicadores de poluição atmosférica, referentes a partículas inaláveis com diâmetro inferior a 2,5 micrômetros (µm). Para serem considerados “bons”, eles precisam estar entre 0 e 25.

(Selva/Divulgação)
Queimadas e focos de calor

De acordo com a Defesa Civil do Amazonas, uma das principais causas para a fumaça, e consequentemente a insalubridade do ar no Estado, são as queimadas e incêndios florestais que ocorrem com frequência em diversos municípios, inclusive na própria capital.

Apenas neste mês de setembro, o Amazonas já soma 5.033 focos de queimadas ativas, além de 37 focos de calor – ficando em terceiro lugar no ranking de Estados da Amazônia Legal, atrás apenas do Mato Grosso e Pará. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e do Panorama de Focos de Calor no Amazonas.

Risco à saúde

Além de afetar a visibilidade, a situação afeta a saúde da população, podendo causar ou agravar doenças como asma, bronquite e demais condições pulmonares, como ocorre com a autônoma Júlia Maia.

“'Tô' me sentindo mal por causa da fumaça, hoje acordei com falta de ar e a minha garganta ardendo, o meu nariz ressecado. Eu sou asmática, aí esses dias de fumaça me deixam muito mal porque ataca a asma, eu fico cansada, fico fraca”, relatou.

Grupos como crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas são os mais vulneráveis aos impactos da fumaça causada pelos incêndios florestais.

Editado por Marcela Leiros
Revisado por Gustavo Gilona

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