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Flickr/Lula Oficial | Foto: Ricardo Stuckert
Flickr/Lula Oficial | Foto: Ricardo Stuckert

O Cerrado registrou um aumento de 221% nas áreas queimadas durante o mês de agosto em comparação com o mesmo período do ano passado.

Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (18) pelo Monitor do Fogo, uma iniciativa da rede MapBiomas, coordenada pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam).

Somente no último mês foram queimados 1.239.324 hectares (contra 386.404 hectares), mais que o dobro do tamanho do Distrito Federal. Os municípios com a maior área queimada no bioma foram Barra do Garças (MT), com 102.328 ha, Nova Nazaré (MT), com 93.043 ha, e Lagoa da Confusão (TO), com 90.263 ha.

A vegetação é típica do bioma, composta por árvores, arbustos e gramíneas, e ocupa 41,7% de tudo o que queimou ao longo de 2024.

O Cerrado é o segundo maior bioma do país em extensão, superado apenas pela Floresta Amazônica. Sua área cobre estados como Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, o Distrito Federal, partes de São Paulo, além de fragmentos no Paraná e na Amazônia.

Ainda segundo dados do Monitor do Fogo, embora as savanas tenham sido as áreas mais atingidas até o momento, o maior aumento percentual nas queimadas foi registrado nas formações florestais. Em agosto, houve um crescimento de 410% nas áreas florestais atingidas pelo fogo, com 96.533 hectares queimados, em comparação com 18.910 hectares em 2023.

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O monitoramento do Ipam também mostra que o fogo no Cerrado está cada vez mais frequente e intenso, atingindo não apenas áreas naturais, mas também regiões agrícolas, que registraram um aumento de 219% nas queimadas, com 440.843 hectares destruídos pelo fogo, em comparação com 138.274 hectares.

Este foi o agosto com a maior área queimada desde o início do monitoramento do projeto (2.445.683 hectares), o que coincide com o auge da estação seca na região, quando as condições climáticas favorecem a propagação dos incêndios, principalmente os causados pela ação humana. Na mesma época do último ano, 881.899 hectares foram queimados. Mato Grosso e Tocantins foram os estados mais afetados.

Em Mato Grosso, os municípios de Barra do Garças (102.328 ha), Nova Nazaré (93.043 ha) e Campinápolis (83.364 ha) registraram os maiores números. Já no Tocantins, os mais prejudicados foram Lagoa da Confusão (90.263 ha), Formoso do Araguaia (86.439 ha) e Pium (62.116 ha).

Os campos alagados do Cerrado, que são sazonalmente alagados durante a estação chuvosa, também foram afetados e registraram um aumento de 68% na área queimada.

Embora naturalmente úmidas, essas regiões acumulam grande quantidade de material combustível durante o período de chuvas, o que, combinado com a seca de agosto, torna-as mais suscetíveis aos incêndios.

O bioma é responsável por abrigar nascentes de oito das 12 principais bacias hidrográficas do país. Aquíferos importantes, como o Guarani, que se estende por várias regiões, também dependem da preservação do Cerrado para manter o equilíbrio hídrico.

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