Uso de IA reflete em mudanças positivas no Amazonas

Giuliana Fletcher - DA AGÊNCIA CENARIUM

MANAUS (AM) – A Inteligência Artificial ou IA, como é chamada, é uma área do campo da computação que ficou conhecida por ser também uma tecnologia que proporciona a otimização em aplicações que facilitam o cotidiano e evolução das atividades do ser humano. No Amazonas, o uso da IA é cada vez mais frequente na promoção de mudanças positivas que proporcionam avanços em diversas áreas.

À CENARIUM, o sociólogo e especialista em Marketing, Gabriel Rossi, destaca que a IA é uma tecnologia que já demonstra uma revolução em ascensão e que cada vez trará impactos maiores para o cotidiano da população. “Teremos uma nova educação, uma nova economia, arte diferente, comércio diferente. Isso vai impactar em todas as facetas da vida”, afirma o especialista.

O funcionamento da IA acontece a partir da coleta de dados que são fornecidos pelo ser humano e se transformam para serem processados pelos algoritmos, a partir do que é processado. A partir disso, os algoritmos atuam na tomada de decisões com base nos padrões registrados.

“Quando navegamos em sites de redes sociais, deixamos rastros por onde passamos e esses dados são colhidos pela Inteligência Artificial que vai nos enviando cada vez mais notícias, informações e produtos semelhantes aos nossos gostos. Recebemos cada vez mais coisas personalizadas.”, concluiu Rossi sobre o funcionamento dessa tecnologia.

O grande volume de dados e criação de padrões complexos podem ser utilizados para o desenvolvimento de soluções inovadoras com uso de IA, que podem atuar no combate de situações emergentes como as queimadas, por exemplo.

À CENARIUM, o arquiteto de software, Ricardo Hoffmann, explica que essa tecnologia é altamente promissora para auxiliar e combater as questões climáticas que o Brasil vem enfrentando, como focos de incêndio por exemplo, que podem ser previstos e identificados com auxílio da IA.

“Os dados são fornecidos por equipamentos, sensores, satélites e outros meios, baseados no conhecimento humano, como, por exemplo, imagens de queimadas e informações sobre suas características. Esses dados, fundamentados no entendimento humano, são processados e armazenados em uma base de dados pela IA, que é capaz de reconhecer e identificar cenários semelhantes quando aplicada em novas situações.”, afirma Hoffmann sobre a agilidade desta aplicação na prevenção de futuras crises.

A capital amazonense se destaca como cenário promissor de inovação com IA, tendo a startup Soluções em Inteligência Artificial (STEC), como uma das pioneiras em IA no Brasil. Fundada em 2021, em Manaus, a STEC rapidamente expandiu para outras capitais como São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro, por conta da criação da plataforma jurídica ADVIA, que atua como uma ferramenta que dinamiza tarefas diárias dos profissionais de direito, otimizando o tempo, compartilhamento de contratos, geração de arquivos PDF, entre outras funcionalidades.

Inovação no AM

Em julho deste ano, o Ministério Público do Amazonas (MPAM) anunciou a implementação de uma inovação inédita nas Eleições de 2024, o Jurisprudência GPT, uma ferramenta especializada em jurisprudência que atua como um assistente jurídico digital, fornecendo pesquisas embasadas em bases de dados jurídicas, otimizando o tempo dos promotores e ampliando a privacidade e segurança das informações.

Previsão de desmatamento na Amazônia

A plataforma PrevisaIA é uma plataforma criada pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente (Iamazon), em parceria com a Microsoft e Fundo Vale, que fornece projeções anuais para os próximos ciclos de desmatamento, coincidente com o período de menos chuvas na Amazônia seguindo a sazonalidade da região. A inovação combate ao desmatamento da Floresta Amazônica, com um índice de 70% de assertividade em um raio de até 4km de áreas identificadas com risco alto de desmatamento.

A disponibilização de diversos dados como previsão e risco de desmatamento e relatórios por calendário, que destacam informações como rankings por estados ou categoria, auxiliando diretamente na tomada de iniciativas de combate ao desmatamento em todos os nove estados da Amazônia Legal (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins).