Fernando Haddad (PT) e Tarcísio de Freitas (Republicanos) discorreram na noite da última segunda-feira (10) a redução da alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidente sobre combustíveis. Sancionado em junho, o projeto de lei estabelece que os estados só possam cobrar a taxação entre um intervalo fixado de 17% a 18%.
Durante o debate, realizado pela Rede Bandeirantes, ambos os candidatos ao Governo do Estado de São Paulo prometeram que vão manter a fixação do imposto. No entanto, enquanto o ex-ministro da Infraestrutura elogiou o Governo Bolsonaro, o ex-prefeito da capital paulista criticou o veto do presidente da República a respeito da compensação aos governos.
Segundo o petista, o chefe do Executivo "prometeu ao Congresso que reporia esse dinheiro e vetou o dispositivo que previa a reposição. Agora, o Congresso vai derrubar o veto do Bolsonaro, porque a promessa foi de reduzir o imposto, mas sem prejudicar a saúde e a educação, que recebem a maior parte da arrecadação do ICMS".
Já o carioca alega que a iniciativa "teve efeito, porque a gente percebe a inflação já reduzindo de forma significativa. As previsões já dão conta de que a inflação deve terminar o ano de 2022 na casa dos 5,5%, 5,8%, o que representa uma inflação menor do que Estados Unidos, países da Zona do Euro e Reino Unido".
"Vou manter a alíquota do ICMS e vou lutar, junto a todos os governadores, para que o veto do Bolsonaro, que foi um descumprimento do acordo com o Congresso Nacional, seja definitivamente derrubado", completou Haddad.
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"Nos comprometemos a manter essa redução do ICMS. Não só a redução do ICMS do combustível, mas também alongar o prazo de pagamento do ICMS para o pequeno empreendedor. Nós vamos reduzir o ICMS na aquisição de bens de capital", constatou Tarcísio.
O professor também alegou que, caso seja eleito governador de SP, lutará para que o presidente "enfrente os acionistas estrangeiros da Petrobras. Eles não podem ter mais de R$ 100 bilhões de lucros às custas do consumidor brasileiro.”
Ainda de acordo com o Bolsonarista, a redução do ICMS se dá para tornar o estado "mais competitivo, porque isso vai gerar emprego. A gente quer os pais de família trabalhando, a gente quer fazer a diferença, então parabéns ao Governo Bolsonaro por essa iniciativa.”
Por fim, Haddad também lembrou que a redução do preço da gasolina e dos demais combustíveis aconteceu apenas “depois de quatro anos espoliando os consumidores brasileiros com aumentos sucessivos". Para ele, Bolsonaro agiu "por desespero" por conta da eleição.
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