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Snyder Cut: As principais diferenças entre as duas versões de Liga da Justiça

O longa, que estreou no mês de março, tem duas horas a mais de duração do que o original e apresenta novos personagens


26/03/2021 20h54

Em 2017, uma das mais populares equipes de super-heróis de todos os tempos ganhou um novo longa-metragem. “Liga da Justiça” foi imaginado inicialmente pelo diretor Zack Snyder, que já havia dirigido “O Homem de Aço” (2013) e “Batman vs Superman: A origem da Justiça” (2016).

Por conta da morte de sua filha Autumn, o cineasta se afastou do projeto e deu lugar a Joss Whedon, responsável pelos dois primeiros filmes dos Vingadores. Whedon finalizou o longa. Contudo, o resultado não foi exatamente o que os fãs esperavam. Parte do público aderiu à hashtag #ReleaseTheSnyderCut, pedindo que fosse disponibilizada a versão de Snyder.

O movimento fez barulho nas redes sociais e, em 18 de março deste ano, foi lançado Zack Snyder's Justice League”, com a proposta de mostrar qual era a visão original do primeiro diretor. Confira aqui quais foram as maiores diferenças entre os dois filmes. Atenção: o texto a seguir contém spoilers!

Darkseid

Tanto Zack Snyder, quanto Joss Whedon tinham planos para Darkseid, vilão cósmico criado por Jack Kirby. Ele seria uma grande ameaça em possíveis sequências. No entanto, na versão de 2017, apesar de ser mencionado, ele não aparece.

No filme de Snyder é mostrado que o conquistador tentou invadir a Terra e causar a “Unidade”, uma espécie de remodelação do planeta a partir da união das Caixas Maternas, mas foi derrotado por homens, Deuses, Amazonas e Atlantes. Na primeira versão, quem tenta conquistar o planeta naquele momento da história é o Lobo da Estepe, que também fracassa na missão.

O fim de “Zack Snyder's Justice League” ainda deixa um gancho para uma possível continuação, com Darkseid se preparando para voltar à Terra, já que seu servo Lobo da Estepe descobriu que o planeta abriga a “Equação Antivida”, elemento que concederia o controle do universo e suas variantes.

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Lobo da Estepe

Para além do visual, Lobo da Estepe, o principal vilão nas duas tramas, apresenta algumas mudanças nas motivações. No primeiro longa, ele é mais independente, sua relação de servidão era ligada mais às Caixas Maternas do que ao próprio Darkseid, já havia visitado a Terra e sido derrotado.

Na versão de 2021, o Lobo da Estepe é um dos servos de Darkseid que o decepcionou no passado e busca redenção ao concluir o plano da Unidade. Ele também é responsável por descobrir a localização da Equação Antivida.

Superman com o traje negro

Esta talvez não seja uma diferença que cause tanto impacto na história, mas é uma das mais perceptíveis. Depois que é ressuscitado, Superman aparece na luta final com um uniforme todo preto, diferente do clássico azul e vermelho mostrado na versão de Whedon.

Caçador de Marte

O “Snyder Cut” apresenta, pela primeira vez no universo cinematográfico da DC, o Caçador de Marte. O personagem já havia aparecido na forma do General Swanwick, mas foi revelado como um alienígena oficialmente.

No filme, ele está em duas cenas. A primeira, disfarçado de Martha Kent em uma conversa com Lois Lane, e a segunda, já na sua forma original, na casa de Bruce Wayne, avisando que ajudaria a Liga a proteger o mundo das ameaças extraterrestres.

Desenvolvimento dos personagens

O “Liga da Justiça” de 2017 tinha duas horas de duração, já o longa de Snyder possui mais de quatro horas. O maior tempo permitiu que o diretor explorasse elementos que não foram tão abordados na versão anterior.

A relação entre Ciborgue e seu pai Silas Stone é mais desenvolvida no “Snyder Cut”. O próprio sacrifício de Silas para marcar uma das caixas e possibilitar que os heróis a localizassem não está presente no filme de quatro anos atrás.

As quatro horas também possibilitaram a aparição de personagens periféricos dos universos de Flash e Aquaman, como a Iris West, possível interesse romântico do velocista, e o mentor do herói atlante Vulko.

Menos alívios cômicos

Antes de entrar para o projeto de “Liga da Justiça”, Joss Whedon havia dirigido dois filmes dos Vingadores para a Marvel Studios (“Os Vingadores”, de 2012, e “Os Vingadores: Era de Ultron”, de 2014). Assim como outros longas do estúdio, as histórias eram carregadas de alívios cômicos e piadas.

Quando começou a finalizar o filme idealizado por Zack Snyder, Whedon incluiu diversas cenas mais cômicas, sobretudo com o Batman de Ben Affleck e o Flash de Ezra Miller.

Na produção que estreou este ano, foram retiradas todas as cenas adicionais de Whedon e o filme ficou com um tom mais sério. No entanto, Flash continua como alívio cômico.

Poderes do Flash

O longa mais recente dá mais relevância à matriz dos poderes de Flash, a “força de aceleração”, uma espécie de dimensão que o permite viajar no tempo em determinada velocidade.

No confronto final do filme, Flash e seus poderes temporais são fundamentais para Ciborgue conseguir separar as Caixas Maternas e a super equipe derrotar o Lobo da Estepe.

A produção anterior da Liga chega a citar a força de Aceleração, mas o elemento não é utilizado para impedir a Unidade.

O Futuro do Universo DC

A versão de quatro horas deixa muitos ganchos para a continuação da Liga da Justiça pela visão de Zack Snyder. O futuro apocalíptico apresentado na cena do pesadelo do Batman em “Batman vs Superman: A origem da justiça” é novamente trabalhado, com direito a participação do Coringa, interpretado por Jared Leto.

O Superman ditador e autoritário volta a aparecer em mais um sonho de Bruce Wayne. Mulher Maravilha e Aquaman são mortos e um grupo de resistência composto por Batman, Flash, Ciborgue, Mera, Exterminador e Coringa são perseguidos pelo Kryptoniano.

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