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Reprodução/YouTube
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Apesar do grande sucesso entre jovens e o alto engajamento nas redes sociais, o funk ainda não é uma unanimidade. Polêmicas sobre o conteúdo das letras e os bailes, também conhecidos como 'fluxos', ainda cercam a manifestação cultural.

"O que acontece nos fluxos não é culpa do movimento funk, é culpa da ausência de políticas públicas. Ou seja, é culpa do Estado. O funk toca nessas organizações dos fluxos de comunidade porque é a música que dialoga diretamente com o jovem da periferia", explica Bruno Ramos, articulador nacional do Movimento Funk.

Ramos não nega problemas decorrentes das festas, e diz que eles devem ser corrigidos para que não atrapalhem os moradores da comunidade. Ele ainda ressalta a importância dos eventos como fonte de renda e de entretenimento dos jovens periféricos. "O fluxo na quebrada é um problema? É, [por conta do] som alto, da desorganização, sujeira. Mas, ele também é a solução quando é pensado na perspectiva da economia colaborativa e solidária [...] Na minha perspectiva, é organizar o que já existe para não atrapalhar a comunidade. Isso gera receita para dentro da comunidade", diz.

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"Se as pessoas estão incomodadas com as nossas letras, é porque não conhecem a nossa realidade", continua Ramos sobre o conteúdo das músicas. Júlio César Ferreira, o MC Neguinho do Kaxeta, ressalta que, cada vez mais, o estilo musical vem evoluindo, mesmo sendo alvo de preconceito: "Tem pessoas que, para se sentirem melhor, falam que o funk não presta, que não é música. Mas ela só ouviu o funk que ela não gostou, não parou para estudar'.

O artista defende que não existem motivos para o dinheiro proveniente do funk ser estigmatizado como "errado". "Muitos moleques se envolvem [com o crime] para pagar conta da família, pagar aluguel para a mãe. Taxam o funk nisso. O dinheiro do funk não é errado. Vai perguntar para o Spotify se é errado o dinheiro que vem de lá, vai perguntar para o YouTube se é errado o dinheiro que vem de lá", comenta.

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Duas das maiores produtoras de funk da atualidade, a KondZilla e a GR6 movimentam, anualmente, cerca de R$ 100 milhões. "Olha o tanto de emprego, o tanto de oportunidade", enaltece Ramos.

Assista à reportagem do Estação Livre:


Assista à íntegra do Estação Livre sobre funk:


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