O funk oferece um caminho de ascensão profissional para muitos jovens de periferia. Atualmente, empresas se especializaram não só na formação de novos artistas, mas também na administração de suas carreiras.
Descobrir novos talentos tem sido um bom negócio para empresas de pequeno a grande porte. O Estação Livre da última sexta-feira (4) conversou Rubia Mara, fundadora da Evidência Paralela, e Yuri Dinalli, gerente de comunicação da GR6.
"Não foi nenhum curso tradicional que me deixou empresária. Quem me deixou empresária foi a molecada do funk", diz Rubia. A Evidência Paralela presta serviços como assessoria e consultoria para artistas como o MC Kauan.
Yuri entrou na GR6 como roteirista. A companhia presta o chamado 'atendimento 360', "que engloba todas as etapas que um artista precisa cumprir para estar de corpo e alma no mercado fonográfico", explica. Um dos maiores nomes da empresa é o de MC Hariel.
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Ele aponta a importância do acompanhamento financeiro dos talentos. "Do dia para noite, [os artistas] estão com o seu patamar de vida muito diferente. Por isso, a gente tem que ter essa delicadeza com essa galera, para fazer com que eles tenham consciência mínima para utilizar bem essa grana", comenta.
Para Nubia, a independência econômica do funk é um de seus pontos cruciais. "O funk é aceito hoje porque é independente economicamente. Ele se estruturou, literalmente, à margem", diz. "O funk é um negócio extremamente lucrativo. É natural que, daqui a alguns anos, o funk esteja com uma parcela ainda maior do mercado", completa Yuri.
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Assista à reportagem do Estação Livre:
Assista à íntegra do Estação Livre sobre funk:
O Estação Livre vai ao ar toda sexta-feira, a partir das 22h, na TV Cultura, YouTube e site oficial da emissora.
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