Entrevistado no #Provoca desta terça (29), o fotógrafo Bob Wolfenson falou, entre outros assuntos, sobre política e as críticas que já recebeu por seu posicionamento.
No bate-papo com Marcelo Tas, Bob falou sobre o momento político do Brasil e a ascensão do bolsonarismo: "Ao mesmo tempo que questões que nunca foram levantadas estão sendo, questões identitárias, do racismo - há um espaço para isso que nunca houve nem nos governos de esquerda, esse espaço para se pensar os comportamento, o machismo, essas questões. [...] Você tem esse lado que está aflorando de uma forma que não se via, e do outro lado você tem um povo aparecendo aí que está com as mangas de fora".
"Parecem os camisas-negras dos fascistas, com aqueles passeios de motocicleta. Você vê umas pessoas horrorosas", continuou o fotógrafo. "Acho que eles estavam lá recalcando seus instintos e alguém disse que isso era possível. Disse: 'Olha, vão. Vêm que tem espaço, vêm que vocês podem se manifestar."
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Para o entrevistado, a maneira de lidar com a brutalidade na política é se manifestar: "Eu não calo a minha boca, não. Vou para a rua, me manifesto, sou chamado de um monte de coisas, de 'esquerda caviar'", afirmou.
Usada de maneira pejorativa, a expressão caracteriza alguém que defende ideias de esquerda, mas leva uma suposta vida de luxos. Segundo o fotógrafo, o termo não o incomoda: "Acho bom, é melhor ser 'esquerda caviar' do que não ser, do que ser 'direita caviar' ou só caviar. Pelo menos estou preocupado com alguém, com alguma coisa", brincou.
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Assista à entrevista na íntegra:
O #Provoca é apresentado por Marcelo Tas e vai ao ar às terças, às 22h, na TV Cultura, site oficial da emissora e canal do programa no YouTube.
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