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Reprodução/Instagram K O N D Z I L L A
Reprodução/Instagram K O N D Z I L L A

A popularidade do funk subiu alguns degraus este ano depois de embalar a ginasta medalhista de ouro em Tóquio Rebeca Andrade. Antes um gênero musical das periferias, hoje o funk está em festas de todas as classes sociais. No entanto, apesar do sucesso no Brasil e no mundo, ainda é cercado de preconceito e polêmica.

Filho da música negra americana, o próprio nome do estilo musical vem do inglês e tem conotações sexuais. No Rio de Janeiro, ele ganhou a forma como é mais conhecido atualmente.

De acordo com a antropóloga Stella Schrijnemaekers, a primeira música considerada um funk no Brasil se chama “Melô da mulher feira”, de composição do DJ Marlboro. “É uma letra muito preconceituosa em relação às mulheres, a letra é pesada para todas as mulheres”, comenta.

A música de batida forte e ritmo dançante originou os gigantescos bailes funk. No começo, uma marca da periferia. Hoje em dia, o ritmo marca presença na maioria das festas pelo Brasil.

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O baile de favela, levado para a Olimpíadas de Tóquio pela medalhista Rebeca Andrade em sua apresentação de solo, e a inclusão do funk como estilo musical na premiação do Grammy Latino também apontam para o reconhecimento da cultura que já foi marginalizada.

“Há bastante preconceito sim, mas eu vejo que o funk tá chegando em locais que eu não imaginaria que chegaria”, diz DJ Keel, funkeiro e produtor musical.

A funkeira Anitta tem parte do crédito dessa mudança, assim como outras mulheres que trabalham com funk. Porém, o tom sexista, que discrimina e diminui o valor do feminino, ainda são presentes nas letras.

“Já na década de 90, a gente vai ter uma coisa uma preocupação social com questões da periferia, do crime, da violência policial. Então vai passando por transformações, o fato da gente ter hoje mulheres MCs tem mudado muito o jogo”, comenta a antropóloga.

Para quem ainda curte o gênero, não custa lembrar que funk também pode ser ciência. A música do MC Fioti, popularizou de um jeito único o instituto Butantan, que produz uma das vacinas contra a Covid-19, em plena pandemia.

Veja mais sobre o tema na matéria que foi ao ar esta quinta-feira (5) no Jornal da Tarde:

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