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Marilyn Manson é acusado de prender e torturar mulheres em quarto à prova de som

Roqueiro já é alvo de processos de abuso sexual e agressão física e psicológica contra ex-namoradas


16/11/2021 17h18

O roqueiro Marilyn Manson adicionou mais uma denúncia em seu currículo. Uma reportagem da revista americana Rolling Stone mostrou que ele mantinha namoradas e antigas colegas de trabalho presas em uma pequena sala a prova de som forma de punição. De acordo com a apuração, o músico apelidou o lugar de “quarto das meninas más”.

A ex-namorada Ashley Morgan Smithline, está já está processando Manson por agressão sexual e cárcere privado, contou que o quarto era um antigo estúdio musical e tinha o tamanho de um provador de loja.

“Mesmo que gritasse, ninguém podia me ouvir. Você lutava e ele gostava dessa reação. Aprendi a não lutar, porque isso dava a ele o que ele queria”, contou Smithline.

Outra que comentou o assunto foi Ashley Walter, uma ex-assistente do cantor que também abriu um processo contra ele. Segundo ela, Manson contou sobre esse quarto ao longo dos anos. “Sempre tinha um tom de brincadeira e se gabando”.

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Um dos depoimentos mais fortes foi a da modelo Sarah McNeilly, que teve uma experiência dentro do quarto. Ela contou que foi uma experiência “absolutamente assustadora” e foi ameaçada com um taco de beisebol.

A grande reportagem da Rolling Stone também cita as denúncias feitas pelas atrizes Evan Rachel Wood (Westworld), Esmé Bianco (Game of Thrones) e Bianca Allaine antes da publicação. Em fevereiro deste ano, Wood contou ter sido estuprada por Manson durante anos.

"Cansei de viver com medo de retaliação, calúnia ou chantagem. Estou aqui para expor este homem perigoso”, disse a atriz.

Bianco também contou à revista que o roqueiro chegou a persegui-la pelo apartamento com um machado, abrindo buracos nas paredes.

Ao todo, a revista entrevistou 55 pessoas que tiveram algum contato com Manson ao longo dos últimos 30 anos e teve acesso a documentos judiciais sobre as denúncias contra ela.

A defesa se pronunciou sobre a reportagem, negou todas as acusações e alegou que isso faz parte de um “um ataque coordenado por ex-parceiros e associados”.

Em fevereiro, Manson usou as redes sociais para comentar as denúncias e disse que todas elas eram “horríveis distorções da realidade”.

"Meus relacionamentos íntimos sempre foram inteiramente consensuais com parceiros que pensam como eu. Independentemente de como - e por que - os outros agora estão optando por deturpar o passado, essa é a verdade", escreveu.

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