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Divulgação/TV Cultura/Julia Rugai
Divulgação/TV Cultura/Julia Rugai

Nesta terça-feira (24), no Provoca, Marcelo Tas recebe a artista Sophia Chablau. A vocalista e guitarrista da banda Sophia Chablau e Uma Enorme Perda de Tempo fala sobre o cenário musical e as plataformas de streaming, gênero, o interesse por política e a dualidade entre escolas públicas e particulares. A edição vai ao ar às 22h, na TV Cultura.

A banda foi recomendada pela revista americana SPIN como “artistas para se prestar atenção”. E, sobre o assunto, Sophia comenta: “Eu acho tudo uma incrível doideira. Quando rolou esse negócio da SPIN eu falei: ‘eles nem falam minha língua, sabe? E achei demais’. Eu descobri que a jornalista que colocou é portuguesa. E aí eu fiquei mais feliz ainda, porque pensei: ‘pô, não quer dizer que ela não entendeu nada do que eu falei”.

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Quanto à mudança de cenário nas plataformas musicais, a artista afirma que gosta de pensar que as plataformas de streaming têm seu lado positivo. “‘Delícia/Luxúria’, que é uma de nossas músicas, foi a 17ª mais escutada em uma rádio do México. E a Cidade do México é quarta cidade que mais ouve nosso som. Então é uma coisa que talvez não aconteceria anos atrás”, conta.

Sobre a realidade de escolas particulares ou públicas, Sophia comenta: “Eu acho que a escola particular é o grande ‘não fale com estranhos’ do mundo. Que é viver numa redoma de merda e uma coluna social esquisitíssima. E eu odeio. Meus filhos nunca vão estudar em escola particular”. A artista ainda acrescenta: "Acho que ninguém constrói nada (por meio da escola particular), porque construir a rua é estar lá, é estar presente e com as pessoas".

Ao longo do programa, Tas também relembra o episódio em que, aos 8 anos, Sophia foi à uma sabatina num espaço público com o então prefeito Gilberto Kassab. Na época, fez uma pergunta sobre o gasto com CEUS, teatros e construção de espaços culturais para as crianças. Kassab não respondeu no momento, mas ligou para ela depois com a devolutiva.

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A artista também comenta sobre o bombardeio de informações e possibilidades heteronormativas e cisgêneras durante a infância. E, rumo ao final, comenta: “Você não dá possibilidade para as pessoas se sentirem bem e se construírem. (...) E acho que isso deprime o jovem, gera um sofrimento”.