A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta quinta-feira (7) que o carnaval de rua que aconteceria nos dias 16 e 17 de julho foi cancelado, devido à falta de patrocinadores.

Neste ano, devido a pandemia do novo coronavírus, a festividade que acontece tradicionalmente em fevereiro foi adiada. Alguns blocos desfilaram em abril, no mesmo período das escolas de samba, mas a grande maioria se programou para sair às ruas em julho.

O primeiro pregão no dia 24 de junho não teve adesão, o que fez com que a prefeitura baixasse o lance inicial de R$10 milhões para 6 milhões, assim como a segunda proposta apresentada hoje, que também não obteve sucesso. Mesmo com o valor abaixo do estipulado, a prefeitura enfrentou dificuldades, e o atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) afirmou que sem patrocínio e sem emendas, não investiria o dinheiro público.

Com a instabilidade e desordem, diversos blocos que desfilariam cancelaram a participação no evento antes mesmo do anuncio, que é o caso do Bloco Feminista: “A postura desorganizada e incongruente da Prefeitura, somada à exaustão e ao desânimo por parte das entidades de blocos comunitários (mais engajados e politizados como o nosso) foram as principais razões de nossa opção pela desistência”, escreveram em comunicado.

O Bloco Amigos do Gelo e Domingo Ela Não Vai também faziam parte deste grupo que abdicou do “Esquenta de Carnaval", que tinha 216 blocos inscritos.

“É um total descaso com a cultura do carnaval de rua”, disse a organizadora do Bloco Amigos do Gelo.

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