Em entrevista para o programa Fantástico, o ator Bruno Gagliasso e a apresentadora Giovanna Ewbank comentaram sobre o caso de racismo contra os filhos, Titi e Bless, em um restaurante de Portugal.
A atriz reagiu contra o acontecido e Gagliasso defendeu a esposa, dizendo que não houve agressão,"a minha mulher reagiu. Não confunda a reação do oprimido com a ação do opressor”, declarou, citando uma frase do ativista Malcolm X.
Malcolm Little, conhecido como Malcolm X, foi um ativista afro-americano que atuou em defesa dos direitos da comunidade negra durante a era americana dos movimentos dos direitos civis — campanha por direitos e igualdade para a comunidade negra nos Estados Unidos.
A partir de 1959, a figura de Malcolm X ganhou notoriedade em todo os Estados Unidos, a partir de um documentário produzido sobre movimentos de nacionalismo negro. Foi assim que o pensamento do ativista ficou conhecido, já que diferente do que se falava a época, Malcolm defendia a resistência dos negros por “qualquer meio necessário”, inclusive a violência em caso de autodefesa.
Autor de frases como: "Historicamente, os brancos sempre foram assim em relação aos pretos, podemos estar com eles, mas jamais fomos considerados iguais a eles"; "Sou a favor da verdade, não importa quem a conte. Sou a favor da justiça, não importa para quem ou contra quem"; "Não se pode separar paz de liberdade porque ninguém consegue estar em paz a menos que tenha sua liberdade", além da frase citada por Gagliasso. Malcolm foi fortemente perseguido, por defender a luta por direitos iguais e o fim da segregação. O ativista, hoje, é considerado um dos mais importantes e pioneiro na pauta do Movimento Negro.
Foi durante uma palestra no Harlem, Nova York, em 21 de fevereiro de 1965, Malcolm X foi morto, sendo alvo de mais de dez tiros.
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Relembre o caso
O casal de atores presenciou um caso de racismo contra seus filhos, vindo de uma mulher em um restaurante em Portugal. Ewbank relata que a mulher estava na frente do restaurante, xingou as crianças, e ofendeu uma família de turistas angolanos que estavam no local Vídeos divulgados na internet mostram a atriz reagindo à mulher: “Vai presa, racista.” Após o ocorrido, Gagliasso chamou a polícia.
A mulher foi identificada como Maria Adélia Coutinho Freire de Andrade de Barros, e a Guarda nacional de Portugal disse que quando ela foi abordada pelas autoridades xingou os policiais e estava visivelmente embriagada. Ela foi levada para uma delegacia, prestou depoimento e, depois de ser identificada, foi liberada.
O restaurante onde o incidente ocorreu também se manifestou neste domingo. “O clássico By Olivier repudia em absoluto o episódio de racismo ocorrido”, escreveu em nota divulgada nas redes sociais.
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