“A história é do povo e não de um governo", diz Antonio Fagundes sobre “IndependênciaS”
No Provoca desta terça-feira (6), ator fala sobre nova minissérie da TV Cultura
02/09/2022 12h18
Marcelo Tas conversa no Provoca desta terça-feira (6) com o ator Antonio Fagundes. A edição vai ao ar na TV Cultura, a partir das 22h.
No bate-papo, o intérprete de Dom João VI na nova minissérie da TV Cultura, “IndependênciaS”, comenta sobre sua atuação como rei e a produção dirigida por Luiz Fernando Carvalho, a saída da TV Globo, como é trabalhar com as ex-mulheres e a atual, sua isenção partidária, entre outros assuntos.
Ao ator, o apresentador pergunta se o nome da série já é uma provocação e ele comenta: “A história é do povo e não de um governo, não é de ninguém”. Tas provoca: do que nós estamos independentes? "Desse poder que quer se apropriar, quer dizer que foi assim, não, nós não sabemos exatamente como foi e precisamos investigar, ir atrás, e trazer novas versões, visões. Qual é o ponto de vista do negro escravizado? Nós não temos esse registro, foi apagado da história do Brasil", expõe.
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Ele também conta como foi entrar na pele do rei Dom João VI. "É uma visão diferenciada de D. João VI, a gente queria tirar e acho que conseguimos fazer isso, a imagem caricatural dele, que é sempre comendo galinhas, cheio de gordura e meio bobo, e ele podia ter sido tudo na vida, menos idiota. Ele era um homem do seu tempo. O único monarca da Europa que resistiu e sobreviveu (...) a grande fuga de Portugal foi um golpe que D. João deu em Napoleão (...) é uma novidade essa visão que a gente vai trazer de que Dom João VI não é bem aquela caricatura que nós engolimos durante décadas".
Sobre sua saída da Globo, diz que acha legal a vida fora da emissora depois de 44 anos, mas vê um risco da TV aberta enfraquecer ou até desaparecer e o streaming não dar certo. Ele ainda fala sobre a diferença entre paixão e amor, e conta como é trabalhar com as ex-mulheres e a atual. “Quando o amor termina, a amizade não precisa terminar”.
Por fim, Marcelo Tas pergunta o porquê do ator não fazer mais campanha política. “Deixei de me engajar partidariamente. Eu já fui muito usado em campanha e depois que ajudei a colocar a pessoa lá, não fui mais ouvido”, explica o ator.
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