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Divulgação/TV Cultura
Divulgação/TV Cultura

O Provoca desta terça-feira (13) recebe o humorista João Pimenta, que desde 2021 faz parte do elenco do Porta dos Fundos. Em conversa com Marcelo Tas, ele fala sobre comédia e política, bem como os perigos deste cenário e demais assuntos. A edição inédita vai ao ar a partir das 22h, na TV Cultura.

Ao comentar sobre o governo do presidente eleito, o comediante conta que não é porque tem pensamentos e segue ideias mais de esquerda que esquece que esse "lado" tem que voltar para a base para aprender muita coisa: “Principalmente nessa questão de que é muito bonitinho colocar negro ali pra cantar num show, pra fazer uma parada. E aí? Cadê os negros nos projetos? Cadê os negros nos cargos? Fazendo a questão do poder. Então eu acho que (no Governo Lula) vai ter muita coisa pra se falar, tanto boa quanto ruim”.

Sobre o cenário de polarização vivido na sociedade, Pimenta afirma que isso trará mais assuntos aos comediantes: “A gente tá vivendo um momento aí que até ajuda de E.T a galera tá pedindo, no meio da rua. Uma parada que nos meus 32 anos de carreira existencial eu nunca vi na minha vida. Não dá pra entender não”. Ele também diz que essa é uma loucura perigosa, pois há um representante que leva as pessoas a acreditarem que todo tipo de preconceito e violência é válido.

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Com 16 anos de carreira, o humorista comenta que sempre fez piada política e que, há poucos anos, começou a receber ameaças. “A galera querendo me bater, que vai no meu show, que vai armado no meu show. Então, assim, a leitura que eu faço é que se aconteceu de uns anos pra cá, não foi coincidência. A gente vive um reflexo da nossa política, até porque somos seres políticos. Nós vivemos política. Eu fico puto com essa galera que fala que comediante não tem que falar de política. Só que a política tá na roupa que você veste, a política tá no jeito que você fala, a política tá em quem colonizou a sua região do Brasil. A política tá em tudo”, ressalta.

Durante o bate-papo, Tas fala que acredita que a comédia é saúde pública e que, talvez, no momento, seja a única capaz de processar as "bizarrices" que acontecem. Pimenta responde que apesar das pessoas não acharem que o gênero tem potencial, a comédia se comunica com todos os tipos de pessoas. Por fim, ele lembra do crescimento que obteve na pandemia e a responsabilidade que foi fazer comédia num período tão delicado para todos.