Apoiadores radicais do presidente Jair Bolsonaro (PL) praticaram uma série de atos de vandalismo na noite desta segunda-feira (12) em Brasília. Na tentativa de conter os ataques, a Polícia Militar entrou em confronto com os bolsonaristas. Carros e ônibus foram danificados e queimados.
Os atos de vandalismo começaram na frente da Polícia Federal por volta de 19h30, após o cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador do atual presidente Jair Bolsonaro (PL). A prisão aconteceu por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF) e atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República.
De acordo com a PGR e o STF, Tserere é investigado por participar de atos antidemocráticos e reunir pessoas para cometer crimes. Entretanto, após a prisão do indígena, um grupo de radicais tentou invadir um prédio da PF e começou a incendiar carros. Outra parte do grupo seguiu pela Asa Norte da sede e queimou pelo menos um ônibus. Além disso, botijões de gás foram espalhados em ruas da cidade.
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A Polícia Militar foi chamada e reagiu com bombas de gás e balas de borracha. Os radicais não recuaram e houve confronto. A Secretaria de Segurança Pública do DF afirmou que precisou restringir o trânsito na Esplanada dos Ministérios, na Praça dos Três Poderes e em outras vias da região central.
O secretário de Segurança, Júlio Danilo Souza Ferreira, afirmou que os participantes dos atos de vandalismo serão responsabilizados: "A partir de agora , temos imagens, filmagens, temos como identificar". Até o momento, não foi confirmado se houve prisões.
O governador Ibaneis Rocha (MDB) disse: "Por enquanto estamos agindo com as forças policiais. Todas as nossas forças policiais (...) estão nas ruas". Já o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), classificou como “absurdos” os atos de vandalismo “feitos por uma minoria”.
A região do hotel onde o presidente eleito Lula está hospedado teve a vigilância reforçada por equipes da PM.
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