Após “Amoras”, livro infantil escrito por Emicida, ser alvo de intolerância religiosa em uma escola particular de Salvador, o rapper se pronunciou nas redes sociais sobre o caso nessa terça-feira (7).
“A história do livro, ela fala por si, e é uma grande vitória. A repercussão dele, fala por si. A tristeza é por essas pessoas que querem que a sua religião, no caso a cristão, protestante, conhecidos como evangélicos, seja respeitada, e deve ser respeitada, mas não se predispõem nem por um segundo a respeitar outras formas de viver, de existir e de manifestar sua fé", expõe em vídeo.
Ele ainda revela que se sente triste por viver em uma sociedade onde é preciso conviver com "radicais".
"No começo, imaturo, eu fiquei com raiva e levei para o pessoal, mas era uma questão muito maior. Então, eu fiquei triste porque é de entristecer viver entre radicais que se propõem a proibir e vandalizar livros infantis", destaca.
O artista também não deixou de parabenizar os professores que adotam a produção em suas turmas escolares, e convidou seguidores evangélicos a demonstrarem indignação em suas células e igrejas contra este e outros casos de intolerância religiosa, além de pedir que criassem um ambiente de respeito a outros tipos de fé e religiões.
Entenda o caso
Na ocasião, a mãe de um estudante de uma escola na capital da Bahia escreveu salmos bíblicos em diversas páginas da obra e afirmou que as informações sobre orixás disponíveis nela são "falsas".
“Amoras” é um livro indicado para crianças com cinco anos e conta a história de uma menina negra que está aprendendo a se reconhecer no mundo.
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