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Divulgação/Ministério do Trabalho
Divulgação/Ministério do Trabalho

A fiscalização do Ministério do Trabalho e Emprego em São Paulo resgatou, nesta quinta-feira (23), cinco trabalhadores em condições análogas à escravidão que prestavam serviços de logística de bebidas no festival Lollapalooza. O evento acontece nesta sexta-feira (24), sábado (25) e domingo (26), no Autódromo de Interlagos.

De acordo com o ministério, os trabalhadores estavam informais, dormiam no chão ou sobre pallets de bebidas, sem energia elétrica, muitos sem colchão, sobre papelões ou madeirites, sem recebimento de EPIs. Também trabalhavam como carregadores por 12 horas durante o dia (das 7 às 19hs) e durante a noite eram obrigados a dormir no autódromo, nos diversos pontos de estoque de bebidas, para fazerem a vigilância das cargas. Todos moravam próximos ao autódromo, no Grajaú.

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Segundo a fiscalização, nada era fornecido aos trabalhadores. “Três tinham colchonetes porque conseguiram trazer de casa e os outros dois dormiam sobre papelões e madeirites nos pallets de bebidas”, informou a auditoria fiscal do Trabalho. Cabia também aos trabalhadores levar itens de higiene, como sabonete e papel higiênico.

“O advogado da empresa apresentou contratos intermitentes assinados, mas não havia nenhuma informação no eSocial, o que foi confirmado depois pelo próprio advogado da empresa”, explicou Rafael Brisque Neiva, auditor fiscal do Trabalho que participou da operação de resgate.

O grupo foi contratado como carregadores da empresa Yellow Stripe, com a promessa de receberem 130 reais por dia, tendo iniciado o trabalho em 16 de março indo até o fim do evento. No entanto, eram carregadores durante o dia, com jornada de 12 horas e faziam ainda a segurança dos estoques de bebidas durante a noite.

A ação ainda continua em andamento, os trabalhadores resgatados das condições degradantes receberam os direitos devidos, após notificação da Inspeção do Trabalho, no valor aproximado de R$ 10 mil cada. Os auditores fiscais do Trabalho também emitirão guias de seguro-desemprego a trabalhador resgatado. As informações foram divulgadas em nota do Ministério do Trabalho.

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O caso foi denunciado por uma reportagem do Repórter Brasil. Ao portal, o Lollapalooza informou que mais de 9.000 pessoas trabalham no local do evento e que a prioridade é garantir "as devidas condições de trabalho".

Um comunicado do festival ainda informou que a T4F, responsável pela organização do Lollapalooza, proíbe que trabalhadores durmam no local. Após os fatos que vieram à tona, a T4F encerrou a relação jurídica estabelecida com a Yellow Stripe. As informações são do Repórter Brasil.