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A exposição “Nhe'ẽ ry – onde os espíritos se banham” estreia neste domingo (4) no Museu das Culturas Indígenas (MCI), instituição da Secretaria da Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo.

Com elementos da mata que estimulam o tato, olfato, visão, audição e propriocepção (noção espacial), a mostra recria a atmosfera da Mata Atlântica ao sugerir uma vivência sensorial. Os ingressos podem ser retirados no site.

Mestre de Saberes do MCI, Sonia Ara Mirim, curadora da exposição ao lado de Cris Takuá, Carlos Papá e Sandra Benites, destaca que: “A mostra é um convite a conhecer como os povos indígenas vivem em sinergia com os seres que habitam a mata e mostrar que essa é a forma mais importante de regeneração: coexistir e não explorar”.

A partir da perspectiva indígena, o acervo sugere sensibilizar o público sobre a relevância do bioma para o planeta. Com dados fornecidos pela Fundação SOS Mata Atlântica, o museu informa os visitantes sobre os povos que habitam o território, o patrimônio de flora e fauna, a legislação de proteção e outros dados relevantes sobre o bioma.

“Nhe'ẽ ry” é dividida em quatro eixos temáticos: “Viveiro de plantas”, “Cartografias da floresta”, “Pedra que canta” e “Caverna dos sonhos”. Ao entrar no espaço, o público vai enxergar a mata a partir de projeções de folhas, raízes e vagalumes, acompanhadas de sons do pássaro urutau, de grilos, do sapo tambor, da cigarra, do vento e até do esturro de uma onça.

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No centro da exposição, uma instalação multimídia reproduz depoimentos e cantos feitos por guardiões da floresta, representantes de diversas etnias que se organizam em prol da preservação da mata. Sons de pássaros, vento, água e falas dos moradores de aldeias enriquecem este segundo recorte (“Pedra que canta”).

Em “Viveiro de plantas” é possível enxergar a floresta e conhecer mais de 60 espécies nativas. Posteriormente, as mudas serão devolvidas para reflorestamento. O bloco expositivo reúne ainda vídeos do cotidiano das diferentes etnias, além de frutas, plantas, animais e insetos.

Periscópio e caleidoscópio

Outra atração curiosa de “Nhe'ẽ ry” são os elementos perceptivos que fazem parte do seu mobiliário: um periscópio foi pensado para reproduzir a cidade com imagens da floresta sobrepostas por filtros. Um caleidoscópio multiplica e distorce a vista do Parque Água Branca.

Mesa de abertura: espíritos e rezas de Nhe'ẽ ry

Para celebrar a abertura da exposição, o MCI promove uma mesa de abertura com a participação dos guardiães da mata: Maria Arapoty (Guarani Mbya), Catarina Delfina dos Santos Nimbopyrua (Tupi Guarani), Sueli Maxakali (Maxakali), Irani Krenak (Krenak) e Liça Pataxó (Pataxó).

No domingo (4), das 15h às 17h, Sonia Ara Mirim conduz a conversa com os convidados que compartilham conhecimentos, rezas, cantos, a perspectiva de vida a partir de Nhe'ẽ ry e os processos históricos da mata. As inscrições estão abertas no site.

Serviço

Funcionamento: de terça a domingo, das 9h às 18h; às quintas-feiras até às 20h; fechado às segundas-feiras (exceto feriados).

Ingressos: R$ 15 (inteiro) e R$ 7,50 (meia entrada); gratuito às quintas-feiras.

Endereço: R. Dona Germaine Burchard, 451 - Água Branca, São Paulo/SP.

Informações: (11) 3873-1541.