“No Brasil, se entende prisão como justiça”, afirma produtora do podcast “Crime e Castigo”

No Provoca desta terça-feira (13), Marcelo Tas conversa sobre podcasts com Branca Vianna, fundadora da Rádio Novelo.

Ao ser questionada sobre os objetivos da Rádio Novelo, a podcaster não titubeia e afirma que as pautas envolvendo justiça social são as que mais interessam todos os profissionais envolvidos no projeto.

“Estamos todos preocupados com o Brasil e as questões de desigualdade e racismo. Também estamos interessados em violência de gênero”, afirma.

Diante a explicação, Tas cita a série “Crime e Castigo”, que fala sobre violência no Brasil, e pergunta o que ela aprendeu sobre a justiça no país. Vianna explica que o projeto começou logo após o fim do “Praia dos Ossos”, produção de grande sucesso da Novelo, quando os ouvintes apresentaram dúvidas sobre as leis brasileiras.

“Começamos a receber mensagens dizendo que o Brasil é o país da impunidade, querendo saber o porquê do país não ter pena de morte e prisão perpétua. Então, o ‘Crime e Castigo’ foi feito para a gente entender o que o brasileiro chama de justiça. Saber os motivos das pessoas acharem que o Brasil é o país da impunidade tendo a terceira maior população carcerária do mundo”, explica.

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Após a publicação dos episódios, a podcaster afirma que o brasileiro entende prisão como a principal forma de justiça. Mas, ela ressalta que é uma visão equivocada, pois há muitas pessoas presas injustamente e com prisões preventivas muito longas.

Apesar dos problemas, ela garante que há muitas pessoas, tanto em universidades, quando dentro do judiciário, tentando mudar essa realidade no Brasil.

Assista ao trecho completo:

O Provoca é apresentado por Marcelo Tas e vai ao ar às terças, às 22h, na TV Cultura, no aplicativo Cultura Play, site oficial da emissora e canal do programa no YouTube.

Assista ao programa completo: