Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Foto: Giovanna Carvalho
Foto: Giovanna Carvalho

O Provoca recebe nesta terça-feira (20) o escritor Geovani Martins, autor do livro “O sol na cabeça” – finalista do Prêmio Jabuti – e do romance “Via Ápia”.

Em conversa com Marcelo Tas, ele dá detalhes de sua escrita, infância e vivência na zona sul do Rio de Janeiro, além de outros assuntos. O programa inédito será exibido a partir das 22h na TV Cultura.

Ao ser questionado pelo apresentador sobre a realidade das comunidades cariocas com a chegada das UPPs, ele diz: "Foi muito louco esse período. Porque ser negro no Brasil é criminalizado, eu costumo dizer isso. As pessoas falam ‘ah, a maconha é proibida’. Não, a maconha não é proibida. Ser negro é proibido. Porque as pessoas brancas, de classe média, usam drogas na maior tranquilidade, sem nenhum medo".

Leia mais: Pedaço de vaca é leiloado por R$ 7 milhões em Arandu (SP)

Lula sanciona lei que obriga exame toxicológico para motoristas profissionais

Sobre a escrita de “O sol na cabeça”, livro de contos sobre a realidade periférica carioca, ele conta que todos os personagens eram descritos por suas características e “quando chegava o negro, ele era o negro. Então assim, a gente já tinha estabelecido que o padrão é o branco, mesmo a gente falando de um país de maioria negra (...) quando entrava um personagem negro, era marcada a racialidade dele”.

Por isso, escolheu não dizer se os personagens de sua obra eram brancos ou negros. Entretanto, a crítica e o público em geral assumiram, por conta das realidades descritas, que as histórias foram construídas sobre personagens negros. “E isso já colocava em xeque a ideia de democracia racial”.

Sobre Geovani Martins

Trabalhou como ‘homem placa’, foi atendente de lanchonete e de barraca de praia antes de se tornar escritor. Em 2013 e 2015, participou das oficinas da Festa Literária das Periferias, a Flup.