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Montagem/TV Cultura
Montagem/TV Cultura

Miles Morales, o Homem-Aranha negro e latino que ganhou notoriedade com as animações recentes da saga "Aranhaverso" e com os games, foi o grande queridinho dos cosplayers na Perifacon deste ano.

A convenção, realizada no Centro de Formação Cultural Cidade Tiradentes, na zona leste de São Paulo, esteve repleta de artes e cosplays dedicadas ao super-herói.

Os cosplayers de Miles Morales na convenção relatam que o fato do personagem ser negro e morador de um bairro suburbano ajuda na identificação e no aumento recente da sua popularidade.

Cauã Ferreira, formado em marketing, foi um dos que aderiram à fantasia. "Acho muito bacana essa questão da representatividade, porque, quando a gente era pequeno, não tinha tanto personagem negros né? (...) as pessoas negras, vindas de periferia e tudo mais, tão se sentindo bem representadas com um personagem como esse", diz.

O jovem Malcolm da Silva sempre foi fã do universo de Homem-Aranha. Hoje em dia, ele já prefere a versão mais recente do Teioso ao Peter Parker, criado nos anos 1960.

"Hoje prefiro o Miles. Ele é mais minha cara. Isso é representatividade. É um personagem vindo de um bairro periférico que salva as pessoas do bairro dele", comenta.

A animação 'Homem-Aranha: Através do Aranhaverso', lançada nos cinemas brasileiros em junho deste ano, foi um sucesso de bilheteria mundial e ampliou o apelo dos jovens ao super-herói aracnídeo. Para além disso, o longa apresenta e resgata uma vasta quantidade de versões alternativas, e carregadas de diversidade, do personagem, como o Spider-Punk, Spider-Gwen e o Homem-Aranha do ano 2099. Dentre outras palavras, qualquer um, independente da etnia, gênero ou identidade sexual, pode ser o Homem-Aranha.

O professor de educação física Ricardo Barbosa conta que começou com o cosplay por influência dos filhos. Na Perifacon deste ano, também por uma questão de identificação de etnia e trajetória, Ricardo escolheu a fantasia de Homem-Aranha.

"Comecei a me identificar com isso [cosplay]. Hoje mesmo estou sozinho aqui, nem vim com meus filhos. Venho por diversão minha, por hobby meu", relata.

Cadu Paschoal, dublador de Miles, também esteve presente no evento.

“As camadas que ele traz, principalmente para as crianças, de repensar, em alguma instância, essa masculinidade, de que não precisa ser tão violento assim… pra mim é muito interessante ter esse referencial”, disse.