A Sala São Paulo recebe neste domingo (17), às 18h, mais um recital da série do novo Quinteto Osesp, que desta vez estará acompanhado de mais três músicos: o spalla da Osesp Emmanuele Baldini, a violoncelista Marina Martins e o pianista Lucas Thomazinho.
O repertório coloca lado a lado um Quarteto de Gustav Mahler, o Quinteto com Piano do russo Alfred Schnittke, e o Quinteto em Dó Maior do austríaco Franz Schubert.
Apresentado em julho de 1876, o Quarteto com Piano em um Movimento, de Gustav Mahler, se perdeu no tempo, e foi descoberto e publicado apenas em 1970, quase seis décadas após a morte dele. Hoje, a peça é celebrada como uma pequena obra-prima do autor, tendo, inclusive, ganhado um segundo movimento escrito pelo compositor Alfred Schnittke em 1988, a partir de um esboço feito e abandonado por Mahler.
Iniciado em 1972, o Quinteto com Piano só se completou em 1976. Alguns anos depois, o autor o transformou em uma versão orquestral, também composta de cinco movimentos, a que deu o título de “In Memoriam”, com estreia em 1979. Ambas são atravessadas pela fragmentação sonora, com diferentes recursos estilísticos. O clima soturno da obra deve-se à morte da mãe do compositor, Mariya Schnittke, enquanto ela era composta.
Celebrado como uma das melhores obras de música de câmera de todos os tempos, o Quinteto de Cordas em Dó Maior é composto de quatro movimentos e, à diferença dos quintetos de Mozart e Beethoven, o quinto instrumento de corda acrescido ao quarteto de cordas padrão não foi a viola, mas o violoncelo. Daí a profundidade comovente que atravessa o conjunto.
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Quinteto Osesp
Composto pelas violinistas Amanda Martins e Sung Eun Cho, pelas violistas Maria Angélica Cameron e Sarah Nascimento e pela violoncelista Jin Joo Doh, celebra o repertório escrito para uma das formações clássicas da história da música, que incorpora uma segunda viola ao tradicional quarteto de cordas.
Nesta temporada de estreia, elas realizam cinco recitais, com obras de Mozart, Brahms, Dvorák, Mahler e Schubert, além da suíte “Obrigado, Pixinguinha”, escrita especialmente para o grupo pelo clarinetista Alexandre Ribeiro, em homenagem aos 50 anos da morte do compositor brasileiro - estreada em 2 de julho, na Sala São Paulo.
Emmanuele Baldini
Spalla da Osesp desde 2005, o italiano nasceu numa família de músicos em Trieste. Foi aluno de Corrado Romano no Conservatório de Genebra e se aperfeiçoou em Berlim e em Salzburgo com Ruggiero Ricci. Apresentou-se como solista junto a diversos grupos, dentre eles, a Orquestra Sinfônica da Rádio de Berlim, a Orchestre de la Suisse Romande, a Orquestra de Câmara de Viena e a própria Osesp, em várias ocasiões. Atualmente é regente titular da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí.
Marina Martins
Nascida em 1999, na Nova Zelândia, se mudou aos cinco anos para o Brasil, país de origem dos pais. Foi aluna do violoncelista Pieter Wispelwey na Robert Schumann Hochschule, em Düsseldorf.
Dentre as parcerias camerísticas dela, estão nomes como Pieter Schoeman, spalla da Filarmônica de Londres, Wenzel Fuchs, primeiro clarinetista da Filarmônica de Berlim, e Stefan Mendl, pianista do Trio Vienense.
Lucas Thomazinho
Nasceu em 1995 e, aos nove anos de idade, ganhou o primeiro concurso, conquistando desde então distinções como a XIX Santander International Piano Competition (Espanha), o V Concurso Internacional BNDES de Piano (Brasil) e a PIANALE International Academy & Competition (Alemanha).
Já atuou com orquestras como a Sinfônica da RTVE (Espanha), as Filarmônicas de Minas Gerais e de Beiras e as Sinfônicas de Campinas e de Porto Alegre, além da própria Osesp.
Serviço
Endereço: Praça Júlio Prestes, 16, Campos Elíseos.
Recomendação etária: Sete anos.
Ingressos: Entre R$ 39,60 e R$ 143 disponíveis no site.
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