Marcelo Tas conversa com o engenheiro florestal e empreendedor social Tasso Azevedo no Provoca desta terça-feira (19).
O apresentador relembra que foi Azevedo que propôs a criação do Fundo Amazônia e quer saber como ele funciona. Em 2008, ano do surgimento, o engenheiro trabalhava no Serviço Florestal Brasileiro junto com Marina Silva, atual ministro do Meio Ambiente. A ideia surgiu em um debate sobre financiar atividades ligadas a conservação de florestas.
“Conservar florestas e reduzir desmatamento reduz emissão de gás de efeito estufa. Então tivemos a ideia de criar um mecanismo de, ao invés de pegar dinheiro prometendo fazer algo, produzir resultado efetivo de conservação para depois pedir dinheiro. Parece estranho, mas tive a ideia indo no supermercado. Fui comprar tomate orgânico e pensei: ‘quando compro esse produto, compro por ele já ser orgânico, não porque tinha uma placa dizendo que se eu comprasse por mais caro, na próxima vez teria o produto orgânico’”, explica.
Então, a proposta era mostrar os resultados obtidos com o desmatamento para possíveis contribuidores e convencê-los a fazer doações.
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Durante o governo Bolsonaro, foram espalhadas Fake News de que os países europeus decidiam o que seria feito com as doações para o fundo. O engenheiro afirma que os doadores não tem poder para decidir destino de verba.
“Eles [países doadores] decidem nada. Quem decide a aplicação do recurso é um conselho formado por membros dos governos federal e estaduais e da sociedade civil brasileira. Essas pessoas definem as regras e o banco que administra o fundo decide para onde vai o dinheiro”, diz.
Ele ainda explica que os recursos só foram bloqueados durante o último governo porque Bolsonaro quis cortar os representantes da sociedade civil do conselho. Por ser ilegal, muitos países cancelaram os repasses.
Assista ao trecho completo:
O Provoca é apresentado por Marcelo Tas e vai ao ar às terças, às 22h, na TV Cultura, no aplicativo Cultura Play, site oficial da emissora e canal do programa no YouTube.
Assista ao programa completo:
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