Fundação Padre Anchieta

Custeada por dotações orçamentárias legalmente estabelecidas e recursos próprios obtidos junto à iniciativa privada, a Fundação Padre Anchieta mantém uma emissora de televisão de sinal aberto, a TV Cultura; uma emissora de TV a cabo por assinatura, a TV Rá-Tim-Bum; e duas emissoras de rádio: a Cultura AM e a Cultura FM.

CENTRO PAULISTA DE RÁDIO E TV EDUCATIVAS

Rua Cenno Sbrighi, 378 - Caixa Postal 66.028 CEP 05036-900
São Paulo/SP - Tel: (11) 2182.3000

Televisão

Rádio

Reprodução/TV Cultura
Reprodução/TV Cultura

No Provoca desta terça-feira (24), Marcelo Tas entrevista Andreas Kisser, guitarrista, músico e compositor brasileiro conhecido por ser membro da icônica banda de heavy metal Sepultura desde 1987.

Durante a entrevista, Tas relembra a morte de Patricia Kisser, esposa de Andres que morreu em 2022 vítima de câncer, e pergunta em qual fase do luto o guitarrista está neste momento. Ele afirma que o último ano foi muito difícil por não passar datas comemorativas ao lado dela. Mesmo superando os momentos de dificuldade e saudade, ele acredita que o luto dura para sempre.

“O tempo é um conceito muito doido. As vezes ele é amigo e ajuda, outras vezes é terrível e te massacra. O luto é um processo. E eu tenho passado por todos eles. Tem dias difíceis, outros são melhores, mas sempre evoluindo”, conta.

O artista também revela que decidiu tornar público toda a sua experiência pela falta de informação sobre mortes, luto e cuidados paliativos. Um dos temas que ele acredita ter pouco debate no país é a eutanásia.

Leia também: Como misturar brasilidade com heavy metal? Andreas Kisser explica no Provoca

“Sei que eutanásia é proibida no Brasil, mas por que ninguém está discutindo isso? O caso da Patricia era um caso clássico de eutanásia. Ela estava consciente, sabia da situação e não aguentava mais de dor. Não tinha mais vida. A rotina era casa e hospital. Então, por que não se fala disso? Nossos vizinhos, como Peru, Colombia e Argentina, tem debate no Congresso”, explica.

Outro ponto que cita são os cuidados com corpo após a morte. Kisser conta que toda família já sabia como ela queria o velório e a cerimônia final. Na visão dele, há um medo de se tocar nesse assunto e as pessoas não estão preparadas para lidar com a situação.

Ao final, critica a falta de informações sobre cuidado paliativo e se impressionou como os médicos também não estão preparados.

“Eu senti que estava muito despreparado, como cidadão brasileiro, eu não sabia conversar com o médico e o hospital sobre o assunto. Também não sabia que eu podia falar ‘não’ ou ‘aqui para’. Na minha visão, o médico falava e aceitava. Não é assim. Tem muita coisa que a gente precisa saber. Mais de 80% dos hospitais não tem estrutura para paliativo”, conclui.

Assista ao trecho completo:

O Provoca é apresentado por Marcelo Tas e vai ao ar às terças, às 22h, na TV Cultura, no aplicativo Cultura Play, site oficial da emissora e canal do programa no YouTube.

Assista ao programa completo:

Leia também: 'Retratos Fantasmas', longa que representa o Brasil na corrida pelo Oscar, chega à Netflix em novembro