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Porta-bandeira histórica da Portela diz ter sofrido racismo após ser acusada de furto em loja

O caso ocorreu em uma loja no Aeroporto de Brasília; Vilma Nascimento visitou o local para receber homenagens no Dia da Consciência Negra


24/11/2023 17h00

Vilma Nascimento, porta-bandeira histórica da Portela, alega ter sofrido racismo após ser acusada de furto na loja Dufry, localizada no Aeroporto de Brasília. Em vídeo divulgado nesta sexta-feira (24), a artista mostra o momento em que teve que tirar, a mando da segurança do local, os seus pertences da bolsa para provar não ter realizado o suposto crime.

"Eu não roubei nada. Só pode ser porque sou negra. Eu acho isso um absurdo", afirmou Vilma em entrevista à TV Globo.

Vilma, de 85 anos, foi a Brasília para inaugurar, na última segunda-feira (20) – Dia da Consciência Negra –, uma exposição que retrata a sua carreira. Além disso, a porta-bandeira também recebeu uma homenagem na Câmara dos Deputados.

"Eu, negra, esta lá no Congresso, os deputados todos lá me aplaudindo, vindo falar comigo, me beijando, me agradecendo por eu estar lá. Foi lindo mesmo. E depois eu passar por essa vergonha no aeroporto", lamentou à TV Globo.

Vilma Nacimento em homenagem na Câmara dos Deputados. Foto: Lula Marques/Agência Brasil

Entenda o caso

De acordo com a família, Vilma, de 85 anos, estava à espera de um voo junto com a filha Danielle Nascimento, quando decidiu entrar na loja para comprar um refrigerante. A porta-bandeira chegou a olhar perfumes no estabelecimento, mas decidiu sair do local.

Momentos depois, Vilma voltou para a loja para comprar a bebida. No entanto, foi surpreendida pela abordagem de uma segurança, que solicitou que a idosa abrisse sua bolsa para fiscalização.

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Vilma Nascimento, conhecida como ‘Cisne da Passarela’, chegou a dizer que só mostraria seus pertences na frente da polícia. Entretanto, sua filha Danielle, que gravou a cena, falou para a mãe fazer o que a segurança estava solicitando.

No vídeo divulgado, dá para escutar o diálogo entre mãe e filha no momento da abordagem: "Esqueceu de pagar algum produto, mãe?, pergunta a filha. "Eu? Não comprei nada. Como é que vou pagar?", fala Vilma. "Mãe, não fala nada. Só faz o que ela está pedindo e depois a gente vê. Tira tudo da bolsa", diz Danielle.

Segundo a família, nenhuma irregularidade foi encontrada na bolsa de Vilma e nenhum outro cliente foi revistado. Os parentes ainda alegam que a cor da pele de Vilma foi o principal motivo para a abordagem.

"Estamos tristes e traumatizadas até agora. Foi um absurdo!! Cheguei a perguntar se ela estava fazendo isso conosco por causa da nossa cor", lamentou Danielle nas redes sociais.

O que diz a Dufry e o aeroporto

Em nota, a Dufry Brasil pediu desculpas pelo “lamentável incidente” e falou que a abordagem foi "absolutamente fora do padrão". Após o episódio, a segurança foi afastada de suas funções.

Já a Inframerica, concessionária que coordena o aeroporto de Brasília, afirma repudiar toda ação discriminatória.

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