Estreia nesta quinta-feira (20) nos cinemas brasileiros ‘Branca de Neve’, adaptação live action da animação clássica da Disney.
Dirigido por Mark Webb e protagonizado por Rachel Zegler, o filme assume a missão de reapresentar às novas gerações uma versão renovada do longa animado de 1937, um dos pilares do gênero de filmes de princesas.
A trama adapta a animação icônica do conto dos Irmãos Grimm com considerável fidelidade e pitadas de progressismo, modificando elementos machistas intrínsecos à sociedade de 1930 e arranhando temas da atualidade como o autoritarismo.

Mais sintonizada às pautas femininas contemporâneas, a adaptação deixa de tratar as “habilidades” de limpeza e cozinha da protagonista como forma de progressão narrativa, componente presente na animação de 1937 que envelheceu mal. Agora, Branca de Neve não tem mais o sonho de encontrar o príncipe encantado e viver um grande amor, ela almeja ver seu povo bem e livre da tirania da Rainha Má, aqui interpretada por Gal Gadot.
Somado a isso, o novo live action apresenta ao público o conceito do vilarejo governado pelos bondosos pais da princesa, onde os moradores “ficavam com aquilo que produziam”, até o sistema de governança ser substituído pelo militarismo e acúmulo de recursos da vilã. Nenhum destes temas é exatamente aprofundado, mas trazem à tona o espírito desta época.
Além de Zegler e Gadot, o elenco conta com nomes como Andrew Burnap, Martin Klebba, Tituss Burgess e Andrew Barth Feldman.
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Polêmicas
Assim como no conto original e em suas inúmeras adaptações, a beleza é um pano de fundo na história da Branca de Neve, e virou um tema importante dentro e fora do filme. Tal qual em outras versões mais recentes da mesma história, a questão do belo no novo live action é elevada ao plano pessoal, do caráter e da bondade, não apenas o da aparência física.
Fora das telas, após ser anunciada como Branca de Neve, Rachel Zegler virou alvo de ataques nas redes sociais por sua ascendência colombiana e por sua aparência. Alguns setores se incomodaram pelo fato de uma latina ter ganhado o papel principal.
Ainda no campo das polêmicas, a produção foi criticada por optar retratar os sete anões por meio de computação gráfica, ao invés de escalar pessoas com nanismo para os papeis.

Outra questão que virou assunto durante as gravações do longa foi o fato de Zegler e Gadot compartilharem posições contrárias em relação ao conflito em Gaza. Rachel já se manifestou em defesa dos palestinos, enquanto a intérprete da Rainha Má é israelense, já serviu o exército de nacional adota uma posição alinhada a Israel.
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