Fundação Padre Anchieta

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Divulgação/TV Cultura
Divulgação/TV Cultura

O “Os Campeões de Audiência” entrevistou Ney Matogrosso para o especial dos 70 anos da televisão brasileira. Durante a longa conversa, o cantor comentou de seu papel na TV e sobre a forma que vê os programas exibidos.

Ney relembrou uma das primeiras vezes em que apareceu na tela dos brasileiros. Desde o começo da trajetória na televisão, o artista já carregava consigo a característica de quebrar paradigmas.

“Em 1973, quando pisamos a primeira vez na TV Globo, o Brasil todo soube da nossa existência (Secos e Molhados). Antes da gente começar a gravar, alguém falou assim, ‘É proibido olhar para as câmeras’. Eu disse ‘Mas eu vou olhar!’ Existia essa regra, você podia ser visto pelo telespectador, mas não podia se comunicar visualmente com ele. Então eu olhei, e sempre olhei, quebrei essa história”, relata.

Atualmente, Ney Matogrosso entende que, diferente de anos atrás, falta música na programação do Brasil. Ele relembra dos festivais de música que eram transmitidos pelas emissoras nos anos 60. “Sinto falta de ver mais. A música era muito presente na televisão. Todos os grandes nomes da MPB tradicional se popularizaram naqueles festivais. Eram a nata da música brasileira”, comenta.

O membro dos Secos e Molhados também ficou conhecido por fazer parte de diversas trilhas sonoras de novelas, mas apesar de fazer sucesso, o artista chegou a se questionar se a exposição do trabalho nas produções audiovisuais seria benéfico para a carreira.

“Fiz tanta abertura de novela que, um dia desses, fizemos uma seleção de todas elas. Dava pra fazer uns dois CDs. Eu achava que era bom por um lado, mas por outro, achava que era muito excessivo estar com tanta regularidade na televisão. Tinha um pouco de medo de que as pessoas se cansassem” diz o cantor.

Mesmo fazendo parte da história, Ney Matogrosso afirma que, atualmente, não costuma assistir tanta televisão. Segundo ele, se restringe a ver um pouco do noticiário na parte da noite. “Gosto muito do Jornal da Cultura, é o que eu mais tenho afinidade. No geral, a informação toda é muito controlada, cada televisão escolhe privilegiar uma parte da matéria, de forma geral, somos manipulados. O Jornal da Cultura é mais liberal, tem a opinião das pessoas, talvez vocês até selecionem as falas, mas as pessoas dizem o que elas querem, não é mesmo?”, revela.

Assista a entrevista completa com Ney Matogrosso no "Os Campeões de audiência".