Nesta quarta-feira (30), o atual presidente do Santos, Orlando Rollo, aproveitou coletiva de imprensa para se defender das críticas recebidas após encontro com Jair Bolsonaro, nesta terça, em jogo beneficente realizado pelo ex-jogador Narciso na Vila Belmiro. Desrespeitando protocolos de saúde da Covid-19, a começar pelo não uso de máscara, o dirigente e alguns jogadores do Peixe estiveram no local e tietaram o presidente da República. 

"É uma questão bem delicada e tem que ser abordada. Muitas mentiras e boatos rolando. Foi uma excelente oportunidade de conversar sobre o CT Rei Pelé com o presidente Bolsonaro. Isso ninguém fala, só falam dos protocolos de Covid-19. Nessa conversa ele assegurou a intenção de encontrar um instrumento jurídico para o Santos ter o terreno de forma definitiva sem ônus para o clube. A previsão de compra é de R$ 90 milhões, que o clube não tem. O Santos estava na iminência de perder o local", disse.

Além de justificar as conversas com Jair Bolsonaro, Rollo também fez questão de sair em defesa dos jogadores que marcaram presença no evento, chamado Natal Sem Fome, que arrecada alimentos e brinquedos para organizações sociais da Baixada Santista. O goleiro João Paulo e o atacante Marinho foram alguns dos que apareceram em registros que circularam nas redes sociais.

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"Jogador na hora de folga vai para o evento que ele quiser, ninguém é dono da vontade de ninguém. Existe orientação do clube? Lógico. Jogador tem que ter bom senso e pedimos para que sigam. Mas João Paulo já contraiu covid. Sobre o Marinho, é a maior mentira. Esse atleta é exemplar. Cumpriu as normas sanitárias à risca. Nem queria descer para o vestiário, queria assistir no camarote, de máscara. Só desceu rapidamente porque o presidente Bolsonaro queria conhecê-lo", completou.

Vice na gestão de José Carlos Peres, Orlando Rollo assumiu o comando do Santos há cerca de um mês, quando foi confirmado o impeachment do então presidente. O atual mandatário, que em 2021 dará lugar ao recém eleito Andrés Rueda, concedeu a entrevista na companhia de alguns membros do Comitê de Gestão e fez uma breve avaliação do período em que esteve à frente do Peixe.

"Resgatamos a credibilidade ao elenco, entregamos o clube na semifinal da Libertadores e acredito que cumprimos nossa missão, pagamos salários, premiação e dívidas (...). Eu daria uma nota 8. Quem sou eu para ter nota 10? Muita coisa não deu tempo de realizar, talvez se tivéssemos tirado coisas do papel… Aí seria 10", concluiu, em sua última fala como presidente santista.