A medalhista olímpica Simone Biles testemunhou nesta quarta-feira (15) em um painel do Comitê Judiciário do Senado sobre os erros do FBI na apuração das acusações de abusos sexuais cometidos por Larry Nassar, médico do time de ginástica artística dos Estados Unidos.
A ginasta de 24 anos foi uma das várias mulheres molestadas por ele quando trabalhava na Federação Americana de Ginástica. Durante o depoimento, ela criticou as autoridades pela falta de aprofundamento na apuração dos fatos.
“A USA Gymnastics e o Comitê Olímpico e Paralímpico dos Estados Unidos (USOPC) sabiam que fui abusado por seu médico oficial da equipe muito antes de eu saber do conhecimento deles. Sofremos e continuamos sofrendo, porque ninguém no FBI, USAG ou USOPC fez o que era necessário para nos proteger. Falharam conosco. Eu culpo Larry Nassar e também culpo todo um sistema que permitiu e perpetrou seu abuso. As organizações criadas pelo Congresso para supervisionar e me proteger como atleta... falharam em fazer seu trabalho”, disse Simone chorando.
A audiência no Senado começou após Michael Horowitz, inspetor geral do Departamento de Justiça, emitir um relatório de 119 páginas dizendo que o FBI em Indianápolis não responder as denúncias “com maior seriedade e urgência”.
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As investigações contra Nassar começaram em 2015. Um dos maiores erros, segundo o relatório, foi esperar cinco semanas para conduzir uma entrevista por telefone com uma das atletas vítimas. A conclusão do documento é que a quantidade de erros cometido pelo FBI permitiu que os abusos fossem cometidos por meses.
Vale lembrar que Biles sofreu com problemas de saúde mental durante os Jogos Olímpicos de Tóquio e abriu mão de competir nas finais para se preservar.
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