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Reprodução/Redes sociais Edenilson, jogador do Internacional, acusou Rafael Ramos, do Corinthians, de racismo durante a partida entre as duas equipes

Dados revelados durante o Seminário de Combate ao Racismo e à Violência no Futebol, nesta quarta-feira (24), na sede da CBF, no Rio de Janeiro, mostraram que os casos de racismo no futebol brasileiro em 2022 já se igualaram os de 2021. Assim como no ano passado, foram contabilizados 64 casos de preconceito racial nos estádios brasileiros nos oito primeiros meses deste ano.

Todas as informações foram disponibilizadas no Relatório Anual de Discriminação Racial de 2021. O evento contou com as participações de dirigentes e funcionários da CBF, Conmebol, federações estaduais e dos clubes, além de personalidades negras como Gilberto Gil, Antônio Pitanga, ativistas, políticos e jornalistas.

“A gente está aumentando o debate e tendo maior conscientização dos torcedores e jogadores. Em 2022 e 2021, muitos casos divulgados foram denunciados por jogadores. Cada vez mais os jogadores estão entendendo que ser xingado de macaco dentro de campo por colegas ou pela torcida não faz parte do futebol”, explicou Marcelo Carvalho, diretor do Observatório de Discriminação Racial.

Ao todo, foram registrados 158 casos de discriminação em 2021, sendo 124 no futebol e 34 em outros esportes. Além de racismo, foram computados casos de xenofobia (10), machismo (15) e LGBTfobia (25).

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O preconceito não foi apenas contra jogadores. O Relatório registrou casos contra treinadores, membros da comissão técnica, funcionários dos estádios e torcedores.

“Quando iniciamos a elaboração do relatório, lá em 2014, tinha-se a ideia de que o racismo no futebol brasileiro eram apenas casos isolados, não algo estrutural. De lá para cá, a gente consegue assegurar para a sociedade que não, os casos de racismo não são esporádicos e eles não são isolados, eles acontecem com muita frequência. Quando a gente traz os dados e os desdobramentos desses casos, a gente está mostrando, por exemplo, se houve punição ou não”, concluiu Marcelo Carvalho.