No próximo domingo (11), a Fórmula Indy encerra a temporada 2022 com o Grande Prêmio de Monterey e define o novo campeão da categoria. Para celebrar o esporte a motor neste 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, relembramos cinco pilotos que marcaram a jornada do país no principal campeonato de monopostos dos Estados Unidos.
Hélio Castroneves
Nascido em Ribeirão Preto no ano de 1975, Castroneves fez sua estreia no antigo torneio CART em 1998 pela equipe Bettenhausen, na qual teve um segundo lugar em Milwaukee como o melhor resultado no primeiro ano. As temporadas passaram e o Homem-Aranha, como é conhecido pelos fãs, teve uma constante evolução. Em 2001, já na Fórmula Indy, foi o vencedor das 500 Milhas de Indianápolis pelo Team Penske. Aquela seria apenas a primeira de quatro conquistas na corrida mais importante do automobilismo norte-americano (2001, 2002, 2009 e 2021).
O brasileiro está entre os atletas com o maior número de vitórias na história da prova realizada em Indiana. Ao seu lado estão A.J. Foyt (1961, 1964, 1967 e 1977), Al Unser (1970, 1971, 1978 e 1987) e Rick Mears (1979, 1984, 1988 e 1991).
Atualmente ainda compete na Fórmula Indy e defende as cores da equipe Meyer Shank Racing. Outros destaques do piloto paulista: campeão do IMSA SportsCar Championship em 2020 e campeão das 24 Horas de Daytona em 2021 e 2022.
Emerson Fittipaldi
Muitos conhecem o veterano Emerson Fittipaldi pelos seus anos na Fórmula 1, onde foi bicampeão (1972 e 1974) com as equipes Lotus e McLaren. Porém, o paulistano buscou novos ares em 1984 e no decorrer dos anos estabeleceu seu nome no grid norte-americano.
Em 1989, a tradicional coroa de louros e a garrafa de leite foram conquistadas por Fittipaldi, quando brilhou pela primeira vez nas 500 Milhas de Indianápolis. Ao final daquele ano o piloto solidificou o bom desempenho com o título da temporada pela equipe Penske. Em 1993, voltou a subir no “victory lane” do circuito oval de Indiana, novamente pelo time de Roger Penske.
No momento, Emerson curte o esporte dos bastidores e acompanha o filho Emmo Fittipaldi Jr, que compete em torneios de base na Europa.
Gil de Ferran
Coincidência ou não, a Penske também foi a equipe deste outro brasileiro no auge da carreira nos Estados Unidos. Gil tomou conta da virada do século na antiga CART, tendo levantado a taça das temporadas 2000 e 2001.
Em 2003, o piloto franco-brasileiro cravou seu nome na história das 500 Milhas de Indianápolis, ainda como representante do Team Penske.
Anos após deixar a carreira de piloto, Gil foi consultor da McLaren na Fórmula 1 em 2018, e chefiou a divisão de Zak Brown na Fórmula Indy em 2020.
Tony Kanaan
Descendente de libaneses, o piloto também traçou carreira nos Estados Unidos e fez parte da mesma geração de Hélio Castroneves. Diferente dos pilotos anteriores que defenderam a Penske, Kanaan teve seu primeiro grande destaque na Fórmula Indy pela rival Andretti Autosport com o título da temporada 2004, na qual somou três vitórias, nos circuitos de Phoenix, Texas e Nashville.
Os anos passaram e Tony mostrou que os desempenhos brilhantes não seriam algo passageiro. Em 2013, recebeu a bandeira quadriculada da Indy500 na primeira posição com o carro da KV Racing Technology.
Além das corridas na Fórmula Indy, Kanaan também leva no currículo o título das 24 Horas de Daytona (2015) pela Chip Ganassi Racing, mesma equipe pela qual disputou algumas provas na atual temporada dos monopostos. Neste ano no Brasil, o atleta compete na Stock Car Pro Series com a escuderia Full Time.
André Ribeiro - Menção Honrosa
Apesar de não ter sido campeão, o piloto paulistano tem seu lugar no coração dos fãs brasileiros. Na Fórmula Indy, as temporadas de 1995 e 1996 foram palco das vitórias de Ribeiro em New Hampshire e Michigan, além da conquista na Rio 400, primeira corrida da categoria norte-americana em solo brasileiro, realizada no anel externo do extinto Autódromo de Jacarepaguá no Rio de Janeiro.
Em maio de 2021, André faleceu aos 55 anos em razão de um câncer de intestino.
A história da bandeira verde e amarela na Fórmula Indy seguirá viva enquanto a categoria existir. No momento os jovens talentos brasileiros se encontram nas divisões de base da Europa, mas nada impede de no futuro vermos figuras como Pietro Fittipaldi, Enzo Fittipaldi, Felipe Drugovich e tantos outros em corridas na terra do "tio Sam".
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