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Reprodução/Instagram @Libertadores
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A Copa Libertadores, maior torneio disputado no continente sul-americano, vem sofrendo com um domínio inédito brasileiro. Pelo terceiro ano seguido, a competição vai ser definida por clubes do Brasil.

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Nesta edição, o Flamengo, que conquistou a Glória Eterna por duas vezes, vai enfrentar o Athlético Paranaense, que chega a sua segunda decisão.

Em entrevista ao site da TV Cultura, o jornalista argentino Franco Menna, contou como o futebol e os clubes do país vizinho olham para esse recente domínio brasileiro.

“O futebol brasileiro começou a dominar muito mais após a final entre Boca Juniors e River Plate em 2018, isso tem a ver além do poder que o Brasil sempre teve, com as diferenças econômicas entre um país e outro, que aumentou nos últimos anos”.

Menna, que trabalha na rádio Mundo Boca, concordou que o futebol argentino enfraqueceu nos últimos anos, mas afirmou que eles ainda seguem competitivos.

“O nível caiu em comparação com o Brasil, mas em relação aos demais países da América do Sul ainda somos superiores, apesar de muitos jogadores saírem em todas as janelas de transferencias”.

O Boca Juniors, time que tem seis títulos e dominou a Copa Libertadores no início dos anos 2000, não vence o troféu desde 2007 e vem amargando eliminações para times brasileiros e derrotas na La Bombonera.

Questionado sobre o tema, o jornalista discorda que o clube Xeneize tenha perdido a mística de sua camisa. “Acho que nada mudou em relação à Bombonera. A vitória do Palmeiras na fase de grupos em 2018 foi uma exceção, foi a primeira vez na história que o Boca perdeu na Bombonera por mais de dois gols, para medir o quão forte é o Boca”.

“Para o Corinthians, o Boca perdeu nos pênaltis, tendo sofrido um pênalti durante o jogo e outro para se classificar aos pés de Benedetto. O mesmo aconteceu com o Atlético Mineiro na última edição”.

O jornalista afirma que o futebol brasileiro é visto como um dos mais competitivos pelos argentinos, onde é disputado com frequência por vários clubes com grandes.

“Todos os clubes brasileiros são respeitados, mas atualmente Flamengo, Palmeiras e Atlético Mineiro são os que têm a maior diferença em relação aos jogadores “.

Crise econômica na Argentina

No ponto de vista do jornalista, o atual momento do país é um dos principais fatores para este momento ruim dos clubes argentinos. “A economia pesa muito porque não só os jogadores da liga argentina vão para o Brasil, coisa que antes não acontecia tanto quanto agora, mas os jogadores que estão na Europa vão para o Brasil também, então isso faz a diferença de um futebol para o outro”.

"Os clubes argentinos não estão falidos financeiramente, mas é verdade que há uma diferença econômica muito grande em relação aos clubes mais poderosos do Brasil. Clubes como Boca ou River não têm problemas econômicos, mas levando em conta o atual contexto econômico da Argentina, não podem trazer figuras como as contratadas pelo Flamengo ou Atlético Minas, por exemplo”.

Segundo Menna, os clubes argentinos não têm uma estratégia estabelecida para interromper o domínio brasileiro no continente sul-americano.

“Atualmente não há estratégia para que isso mude nos próximos anos, simplesmente que os clubes mais poderosos como Boca e River possam se armar bem e desenvolver uma ideia de jogo que lhes permita lutar nesse nível”.

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