O Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) determinou que o Consórcio Maracanã Rio 2014, que tinha inicialmente a Odebrecht, a Delta Construções e a Andrade Gutierrez, precisa ressarcir os cofres públicos do Governo do estado em R$ 198.534.948,80.
A decisão saiu na última quarta-feira (24), com votos unânimes de quatro conselheiros. Eles verificaram irregularidades nas contas e diversos sobrepreços nas contratações da obra. A ação de aproximadamente R$ 200 milhões começou em 2017, com um pedido do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro.
Também serão cobrados solidariamente empresas como Sondotécnica Engenharia de Solos S.A., Companhia Brasileira de Engenharia e Consultoria (COBRAE), JLA Casagrande Engenharia e Consultoria Ltda, além de Joel da Silva Myrrha, Wilson José Fernandes e Rafael Gianni di Vaio, que eram membros da Comissão de Fiscalização de contrato do Maracanã.
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Hudson Braga, então Secretário Estadual de Obras, Ernani Knust Grassini, antigo responsável pela coordenadoria de preços, Marco Antônio Rodrigues Marinho, ex-diretor de planejamento da antiga Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop) e Ícaro Moreno Júnior, ex-presidente da Emop também serão acionados.
A obra do Maracanã foi inicialmente orçada em R$ 705 milhões. Porém, após inúmeros aditivos contratuais, o valor subiu centenas de milhões de reais e fechou em quase R$ 1,3 bilhão.
Além da indenização já determinada pelo TCE-RJ, a Odebrecht e a Andrade Gutierrez serão multadas em R$ 3,4 milhões, enquanto a Delta em R$ 1,2 milhão, já que esta deixou o consórcio antes do fim da obra.
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