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Reprodução / Instagram @euneguebaa
Reprodução / Instagram @euneguebaa

O defensor brasileiro Luis Gabriel, mais conhecido como Negueba, alegou ter sido vítima de racismo durante uma partida em Malta. No jogo, ele relatou o ocorrido ao árbitro, o que gerou confusão. Ele foi punido com cartão amarelo e, minutos depois, foi expulso ao cometer uma falta.

Negueba tem 23 anos e defende o Oratory Youths, que joga a primeira divisão de Gozo, ilha que pertence a Malta. Na partida contra o Għajnsielem, ele afirmou que um dos atletas do time adversário o chamou de “macaco”.

“Foi recorrente na partida. Numa jogada de ataque do nosso time, fui driblar o adversário e sofri uma falta. Eu fiquei no chão e vieram dois jogadores do time deles, e um já me chamou de macaco no ouvido, em português mesmo, não foi nem em inglês ou maltês, ele já sabia o que falar. O segundo jogador não entendi o que falou, mas o outro foi bem nítido. Na minha cara”, disse o brasileiro.

“O árbitro nem quis saber, eu sinalizei, mostrei pra ele, passei a mão no meu braço, contei da palavra que me falaram, mas nada foi feito e eu acabei tomando o cartão”, afirmou Negueba.

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“Aconteceu o racismo, passaram três minutos, eu reclamei de novo, logo em seguida eles atacaram, eu fiz uma falta e ele (árbitro) me expulsou. Meio que, tipo, vou acabar com esse problema no jogo”, complementou.

O Oratory, clube do zagueiro, divulgou uma nota em solidariedade a Negueba e reforçou se posicionar “resolutamente contra todas as formas de discriminação” e pediu para que as autoridades do país “tomem as medidas apropriadas para garantir que tais ocorrências sejam eliminadas do nosso querido esporte”.

“A Federação de Malta me mandou uma mensagem, dizendo que queriam falar comigo, mas ainda não conversamos. O clube me deu todo o suporte, emitiram nota. Começaram uma campanha essa semana já e vão continuar. A federação não está a favor, disseram que vão falar comigo e tomar as providências necessárias”, disse Negueba.

Luis Gabriel nasceu em Franca (SP), começou na base da Francana e também defendeu Mogi Mirim, Contagem-MG, Ivinhema-MS, Luverdense e Independente-SP, antes de se transferir ao futebol de Malta.

“Nunca havia acontecido comigo, sempre joguei no Brasil, é minha primeira vez na Europa. Claro que sempre vi outros jogadores sofrerem, mas eu vim nem pensando nisso, esperava que nunca acontecesse comigo. E quando acontece é um susto bem grande, foi a primeira vez que sofri o racismo dessa forma. A gente sempre sofre fora do campo, algo que acontece na rua, em algum estabelecimento, mas no campo foi a primeira vez”, contou o atleta.