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Foto: Eduardo Cordeiro | Divulgação
Foto: Eduardo Cordeiro | Divulgação

Em alusão ao Dia Internacional da Não Violência Contra as Mulheres, o Museu da Diversidade Sexual (MDS), instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Governo do Estado de São Paulo, irá lançar o documentário 'Amistosa', neste sábado (25), em seu canal oficial no YouTube.

O registro traz a gravação completa da partida de futebol de várzea feminino entre os times Perifeminas e Grêmio Esperança. O material audiovisual também conta com uma roda de conversa com as jogadoras dos times, a locutora esportiva Chris Lima e a ex-jogadora de futebol Roseli de Belo.

“Fazer o registro do 'Amistosa' não é só ratificar a relevância de uma das atividades mais importantes realizadas durante o ano de 2023 pelo MDS, mas é também a busca em se contrapor às lógicas de marginalização, contribuindo com a memória e ampliação da visibilidade de mulheres no futebol. Cabe lembrar que a realização da Copa do Mundo Feminina organizada pela FIFA só foi iniciada mais 60 anos após a Copa do Mundo [masculina]”, afirma Khadyg Fares, pesquisadora do MDS.

A partida, promovida pelo MDS, ocorreu no dia 30 de julho na região metropolitana de São Paulo e teve como objetivo conectar pessoas de diversas idades, raças, identidades sexuais e de gênero no período do clima da Copa do Mundo Feminina.

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Os times

O Perifeminas é um time composto por meninas e mulheres cis fundado em 2014 por quatro irmãs que, através do esporte, buscam o desenvolvimento de atletas e utilizam da literatura como ferramenta para dialogar em campo.

Já o Grêmio Esperança, fundado por Lucelia Leal, mais conhecida como "Neguinha", tem a intenção de ajudar meninas e mulheres que querem ser jogadoras profissionais e também aquelas que jogam por diversão, para se exercitar ou até mesmo para se distrair depois de um dia corrido.

“Consideramos o Grêmio uma família, pois estamos ali para ajudar em todos os sentidos. Hoje temos um mix de atletas, algumas federadas e outras que, através do esporte, superaram problemas, todas com muito amor pela camisa do time e pela bola no pé”, conta Neguinha.

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Roda de conversa

Entre assuntos como resistência, representatividade e empoderamento, um dos tópicos abordados durante o debate entre as jogadoras foi a violência que ocorre dentro e fora dos espaços esportivos.

Roseli de Belo, antes de apresentar sua medalha olímpica para os times, falou sobre sua trajetória de luta e enfrentamentos às violências sofridas dentro dos campos e no ambiente familiar.

“Ainda há muito o que avançarmos no combate à violência contra mulheres e meninas no esporte. É importante que essas histórias sejam contadas e que as pessoas se conscientizem sobre esse problema”, afirmou.

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