Com maior adesão da população brasileira às atividades físicas, as corridas de rua têm se popularizado nos últimos anos e se tornado uma opção para aqueles que desejam praticar um esporte e cuidar da saúde.
Correr se tornou um fenômeno crescente nos parques, estradas e avenidas, mas também nas redes sociais. Atualmente, é muito comum acessar o Instagram ou Facebook e ver que um amigo ou conhecido trocou uma festa no final de semana para acordar no dia seguinte e participar de uma maratona. No entanto, a adesão exige uma série de cuidados, tanto para evitar lesões quanto frustrações.
De acordo com Vinicius Bretz, médico atuante em nutrologia e medicina do esporte do Instituto Nutrindo Ideais, antes de começar a praticar o exercício físico em questão, assim como qualquer outro, a realização de um check-up é indispensável para um atleta de elite, amador ou apenas praticante, inclusive com a realização de exames cardiológicos, que podem ou não apresentar contraindicações.
Como deve ser a adaptação e início dos treinos?
A indicação é de que os primeiros treinos sejam realizados com menos intensidade e aumentem de acordo com a evolução física de cada pessoa, o que pode ocorrer de forma mais rápida com a ajuda de um profissional. Fatores como peso, condicionamento físico e histórico de lesões podem colaborar positivamente ou negativamente no progresso de cada corredor.
Segundo o especialista, o lugar ideal para a prática também varia para cada tipo de pessoa: “Um paciente que esteja acima do peso, com histórico de lesões articulares, vai ter mais conforto ao correr na esteira, onde o impacto é absorvido pelos amortecedores, ao invés de ao ar livre”.
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Respeitar os próprios limites é necessário e faz parte do processo, ainda mais por se tratar de um esporte de impacto, onde podem ocorrer lesões musculares e articulares importantes.
Apesar do exercício físico impactar de maneira positiva a produção e secreção de hormônios e neurotransmissores ao ser realizado logo no início da manhã, a corrida deve se adaptar à rotina de cada um, no horário em que tiver disponibilidade.
Rotina alimentar
Outros pontos importantes e que devem ser levados em consideração por cada pessoa são a hidratação e a rotina alimentar, que devem se adaptar ao antes, durante e pós-treino.
“Oriento sempre focar na ingestão de carboidratos no pré e intra-treino, pois esta é a principal fonte de energia rapidamente metabolizada pelo corpo e também no pós-treino para recuperar o glicogênio muscular, nosso estoque de energia armazenado no músculo e que é consumido durante o treino. Também é importante o consumo de aminoácidos e proteínas no pós-treino, além de reposição de eletrólitos, excretados junto ao suor”, destaca.
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Peças adequadas fazem diferença?
O tênis e a roupa escolhidos para a prática da atividade física devem ser feitos com cuidado e levando-se em consideração fatores imprescindíveis, como, por exemplo, o conforto.
No mercado, inclusive, é possível encontrar tênis que atendem a todos os tipos de pisada, seja neutra ou mais específica, para pisada pronada ou supinada.
Adquirir roupas específicas também colabora para uma experiência positiva e proveitosa do esporte, já que auxilia na diminuição do aumento exacerbado da temperatura corporal, o que evita ou reduz uma possível desidratação. “Obter um monitor de frequência cardíaca também pode ser interessante para haver um controle da intensidade do treino. Além disso, ouvir músicas pode auxiliar na secreção de alguns neurotransmissores, promovendo mais motivação para desempenhar um treino mais intenso”, explica o especialista.
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